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Porto Alegre: após revista em comitê, denúncia é arquivada

Após a investigação, MPE não encontrou indícios de irregularidades e arquivou o caso contra o comitê de Nelson Marchezan Jr. (PSDB)

30 set 2016 - 19h18
(atualizado em 4/10/2016 às 11h20)
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Nelson Marchezan Jr.
Nelson Marchezan Jr.
Foto: Charles Sholl / Futura Press

Uma decisão judicial autorizou na tarde de sexta-feira (30 a apreensão de computadores usados em um suposto comitê de campanha do candidato à prefeitura de Porto Alegre, deputado federal Nelson Marchezan Jr., do PSDB. O Ministério Público Eleitoral investigou uma denúncia que garantia que os equipamentos utilizados pela empresa KM LTDA, contratada para atuar na campanha, estariam registrados como patrimônio de um órgão da prefeitura. A investigação ainda afetou a candidata à câmara de vereadores Fernanda Jardim, do PP, que também utiliza os serviços da empresa na sua candidatura.

O Ministério Público Eleitoral se manifestou no final da sexta-feira, garantindo que nenhuma irregularidade foi verificada pelos agentes do órgão durante a revista. Desse modo, igualmente o MPE determinou a extinção e o arquivamento do caso. 

A KM LTDA apresentou notas fiscais comprovando que os equipamentos foram adquiridos em uma loja de eletrônicos, colocando em xeque a hipótese de fraude. O próprio oficial de Justiça observou que os equipamentos etiquetados da Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (Procempa) não estavam no local. A partir disso, Marchezan asseverou que a "a responsabilidade do Ministério Público é de prestar esclarecimentos imediatamente", e classificou o processo todo como "uma farsa".

Os equipamentos estavam na sede da empresa de limpeza KM LTDA, no bairro Menino Deus, contratada para fornecer cabos eleitorais para as campanhas. A decisão da juíza da 1ª Zona Eleitoral, Mara Lúcia Facchini, ainda trazia como argumento para a busca a suspeita de o local estar funcionando como um comitê camuflado. O coordenador de campanha de Marchezan e de Fernanda Jardim, o vereador Kevin Krieger, negou que os aparelhos sejam da Procempa e classificou a ação como "sacanagem". 

Marchezan ainda ressaltou que a KM LTDA, especializada em serviços de limpeza, foi contratada para fornecer pessoal para atuar nas ruas e evitar pagamentos não declarados na campanha. Ele ressaltou que a denúncia a dois dias das eleições "tem cunho eleitoreiro" e que "não faz parte deste joio". A Procempa, por sua vez, se prontificou para colaborar com as investigações.

Fonte: Especial para Terra
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