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Prédio em bairro da zona sul de SP corre risco de desabar; Prefeitura pede desocupação

Município recebeu chamado referente à queda de muro de um condomínio no Jardim Germânia; nova vistoria será realizada; em Osasco, foi registrado um delizamento de terra

11 jan 2024 - 08h38
(atualizado às 13h55)
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Um prédio no Capão Redondo, na zona Sul de São Paulo, corre risco de desabar após um barranco próximo ao local ceder durante as chuvas fortes que atingiram a capital paulista nos últimos dias
Um prédio no Capão Redondo, na zona Sul de São Paulo, corre risco de desabar após um barranco próximo ao local ceder durante as chuvas fortes que atingiram a capital paulista nos últimos dias
Foto: Reprodução/TV Globo

Um prédio no Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, corre o risco de desabar, segundo a Prefeitura de São Paulo na manhã desta quinta-feira, 11. A Subprefeitura de Campo Limpo recebeu um chamado referente à queda de um muro de um condomínio no Jardim Germânia, na Rua Doutor José Serra Ribeiro, 300. Imagens mostram ainda que um barranco próximo ao local cedeu durante as fortes chuvas.

"O agente vistor foi até o local e as devidas providências foram tomadas como: solicitação de desocupação do local por risco de ruína, além do pedido de interdição emitido para a área particular", afirmou a Prefeitura.

O muro de barragem entre o prédio e uma comunidade, que fica atrás dele, caiu por volta das 17h desta quarta-feira, 10, assim que começou a chuva, de acordo com moradores da comunidade. No momento em que a reportagem esteve no local, na manhã desta quinta, 11, equipes da Defesa Civil e de engenharia da construtora Plano e Plano, responsável pelo edifício, faziam análises.

A Defesa Civil Municipal disse que ainda fará um estudo geológico do terreno para entender se há risco de desabamento do prédio, que está em contato com a Sabesp para interromper o vazamento de água.

Casas da comunidade que ficam próximas ao muro (quatro, segundo os moradores). A equipe de engenharia da Plano e Plano disse, no local, que o risco para os moradores do edifício é "zero".

O empreendimento tem cerca de dois anos e conta com duas torres e 330 apartamentos de 2 dormitórios cada. Na comunidade ao fundo, centenas de famílias com crianças sofreriam com o desabamento.

Moradores da comunidade dizem que já havia uma rachadura no muro e que, há cerca de dois anos, ocorria vazamento constante de água.

"Minha mãe está com muito medo, disse que nem dormiu. Ela mora aqui com o marido, a minha irmã e os meus dois sobrinhos. A Defesa Civil interditou a casa dela, mas ela não tem pra onde ir. Eles falaram que tem que ver com a Prefeitura sobre um auxílio, mas isso é demorado. Estão se mudando pra casa do lado", disse o filho de uma moradora da comunidade, que preferiu não dizer o nome.

A Prefeitura diz monitorar a situação. "Dado que o terreno é de propriedade privada, é responsabilidade do proprietário adotar as medidas necessárias para desinterditar a área. Após isso, o proprietário deve entrar em contato com a subprefeitura para que um engenheiro possa realizar uma nova vistoria no local", afirmou o Município.

Segundo a Defesa Civil Estadual, devido às fortes chuvas de quarta-feira, parte do muro deste condomínio desabou. Após vistoria, foi constatado que o desabamento ocorreu em razão de uma erosão, conforme informações repassadas pela defesa civil municipal.

O chamado foi registrado no terceiro dia de temporal que atingiu a cidade na quarta-feira, 10. Uma nova vistoria será realizada no local, de acordo com o órgão estadual.

Fortes chuvas voltam a atingir a capital paulista na quarta-feira, 10, pelo terceiro dia consecutivo, provocando alagamentos e queda de árvores.
Fortes chuvas voltam a atingir a capital paulista na quarta-feira, 10, pelo terceiro dia consecutivo, provocando alagamentos e queda de árvores.
Foto: Alex Silva/Estadão / Estadão

Deslizamento em Osasco

Segundo a Defesa Civil de Osasco, no início da noite desta quarta-feira, foi registrado um delizamento de terra na Rua Castanha do Pará, em frente ao número 40, Jardim Bonança.

A Defesa Civil foi acionada e encaminhou equipes ao local, que, após realização de vistoria, constataram o deslizamento de terra por causa da escavação do talude, que, com as pancadas de chuva, contribuíram para o evento.

Ao menos 28 residências foram interditadas preventivamente. O grupo de 62 pessoas desalojadas foi encaminhado para as casas de familiares e amigos.

Fortes chuvas

Desde o início da semana, a ocorrência de temporais tem deixado um rastro de estragos na cidade e região metropolitana. Na terça-feira, 9, um homem de 62 anos morreu eletrocutado após a queda de um fio energizado em Moema, na zona sul.

Na segunda-feira, 8, parte da estrutura de manutenção da marquise do Ibirapuera desabou e deixou quatro feridos.

Estadão
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