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Prefeitura do Rio anuncia medidas de precaução para temporal

Gestão Crivella suspendeu parcialmente dia letivo nas escolas municipais e recomendou adiamento de jogo do Campeonato Carioca

12 fev 2019 - 17h07
(atualizado às 18h08)
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Depois das sete mortes causadas pelas chuvas na semana passada, a cidade do Rio de Janeiro entrará em alerta máximo na tarde desta quarta-feira, 13. Em coletiva de imprensa, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) anunciou uma série de ações preventivas, como a suspensão das aulas em escolas municipais a partir do meio-dia e a recomendação para o adiamento da partida do Campeonato Carioca entre Vasco e Resende, além do pedido para que a população não coloque lixo na rua.

Após o anúncio, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) cancelou um evento programado para a parte da tarde de quarta-feira. "Peço aos moradores do Rio que tenham cuidado com as suas vidas. Não arrisquem suas vidas. A Prefeitura está com todos os seus órgãos de plantão, vamos saber exatamente onde serão os epicentros da crise, vamos nos mobilizar com mais forças para esses pontos. Mas as pessoas precisam fazer a si mesmas uma pergunta: 'Onde estou morando é seguro?'", declarou o prefeito.

Temporal no Rio de Janeiro provocou alagamentos
Temporal no Rio de Janeiro provocou alagamentos
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

Segundo Crivella, está prevista uma forte chuva, acompanhada de ventos e ressaca, devido à aproximação de uma frente fria. A Prefeitura estuda também fechar vias com risco maior de deslizamento, como a Estrada Grajaú-Jacarepaguá e o Alto da Boa Vista, para evitar a tragédia que ocorreu na última quarta-feira na Avenida Niemeyer - que ainda se encontra fechada, onde uma árvore deslizou da encosta e atingiu dois ônibus por causa de um temporal.

Outra recomendação da Prefeitura é para a população priorizar o uso de transporte público e deixar o carro em casa. Crivella pediu também que a população não colocar lixo na rua. "É fundamental não jogar os resíduos nas encostas ou em rios.

Desde a chuva forte de semana passada, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) retirou 10 mil toneladas de resíduo das ruas e fez a poda ou recolheu partes de 700 árvores. "Todo o rescaldo da chuva anterior terá sido recolhido até o fim desta terça, antes do novo temporal previsto", disse Crivella.

A Prefeitura anunciou, ainda, que adotou um índice mais conservador para acionamento de sirenes em comunidades com risco. O volume de chuva para que sejam acionadas baixou de 55mm/h para 45mm/h. Houve ainda reforço na equipe, com mais de dez mil homens nas ruas para atender emergências. "Todos os órgãos que terão seu efetivo trabalhando no turno normal durante a quarta não dispensarão esses funcionários, que se somarão aos trabalhadores do turno seguinte."

Outras medidas serão tomadas, dentre as quais estão: uso de vans da guarda municipal para retirar cidadãos ilhados ou em áreas de risco; emprego de todos os guardas municipais, mesmo os de áreas administrativas, no controle do trânsito; distribuição de agentes da Guarda Municipal, CET-Rio, Seconserma e Comlurb por pontos estratégicos, especialmente os já fragilizados pela chuva da semana passada.

A Prefeitura prometeu também verificar o abastecimento dos geradores nas unidades pré-hospitalares e hospitalares com destacamento de equipes de prontidão, além de recomendar que hospitais particulares e públicos de outras esferas de governo façam o mesmo.

A gestão ainda declarou que estar preparada também para uma eventual operação de emergência, com abertura das quatro comportas da região do Jardim de Alah, Rua Visconde de Albuquerque, General Garzón e em Botafogo, em caso de maré alta e ressaca, o que está previsto. O plano de ação foi elaborado pela Defesa Civil, Guarda Municipal, Comlurb, CET-Rio e RioLuz. O trabalho foi coordenado pela Secretaria da Casa Civil.

Estadão
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