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Presidente da Câmara de cidade no PR mata empresário após briga por barulho de crianças, diz polícia

Neto Fadel (PSD) foi liberado por, em princípio, ter agido em legítima defesa; caso aconteceu em Ponta Grossa

21 nov 2024 - 15h14
(atualizado às 15h35)
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Neto Fadel
Neto Fadel
Foto: Reprodução/Câmara Municipal de Castro

O presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Castro, Miguel Zahdi Neto (PSD), conhecido como Neto Fadel, é suspeito de matar a tiros o empresário Guilherme de Quadros Becher na quarta-feira, 20, em um condomínio de chácaras em Ponta Grossa, no Paraná.

Segundo o delegado à frente do caso, Luiz Timossi, as informações preliminares são de que a confusão teria começado após Guilherme ter se incomodado com o barulho feito por crianças que andavam de quadriciclo nas ruas do condomínio.

"Em razão desse incômodo, a vítima, que parece estaria embriagada, teria efetuado disparos de arma de fogo, ainda de dentro da sua propriedade, ao que tudo indica visando intimidar as pessoas que estavam na propriedade do investigado", relatou o delegado, em vídeo enviado ao Terra pela Polícia Civil do Paraná (PC PR).

Testemunhas contaram que, após ouvirem esses primeiros disparos, foram ver o que estava acontecendo na casa onde Guilherme estava. No fim da conversa para tentar acalmar os ânimos, quando algumas pessoas já tinham voltado para o imóvel de Neto Fadel, o empresário teria ido na direção delas e efetuado outros disparos. Ele estaria com duas armas de fogo: uma pistola de calibre.380 e um revólver de calibre.38.

"Foi relatado que o investigado, neste momento, teria realizado disparos de arma de fogo em direção ao senhor Guilherme, que acabou sendo alvejado e, posteriormente, socorrido, inclusive com o auxílio dos familiares e amigos do investigado que estavam naquela propriedade", disse o delegado.

Guilherme foi levado para o Hospital Bom Jesus, na cidade de Ponta Grossa, mas não resistiu aos ferimentos. Posteriomente, seu corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) do município. Neto Fadel foi ouvido e liberado por, em princípio, ter agido em legítima defesa. 

No local do ocorrido, a Polícia encontrou as armas que estavam com Guilherme. O revólver calibre.38 estava com cinco munições deflagradas, ou seja, foram feitos cinco disparos. Na residência também foram encontradas três cápsulas de munição de calibre.380.

Agora, a Polícia Civil aguarda o resultado dos trabalhos da perícia e as investigações continuam em andamento.

À RPC, afiliada da Rede Globo na região, a defesa de Neto Fadel disse que o vereador agiu em legítima defesa. "Importante mencionar que a arma utilizada para defesa estava devidamente registrada e com porte. Após o depoimento, diante da evidente ação em legítima defesa, Miguel foi liberado. Miguel colaborou com toda a investigação e segue à disposição para todos os esclarecimentos que se tornem necessários. Por fim, Miguel lamenta a morte de Guilherme. No entanto, infelizmente, precisou agir em legítima defesa para salvar sua vida, de seus familiares, amigos e crianças", ressalta o advogado Ewerton Machado Rosa.

Ao Terra, a equipe de Jairo Baluta, defesa da família de Guilherme, informou que o advogado vai se reunir com os familiares da vítima para saber dos detalhes do fato na sexta-feira, 22, e depois se manifestará.

A reportagem também entrou em contato, por e-mail, com Neto Fadel, a Câmara Municipal de Vereadores de Castro e o Partido Social Democrático (PSD) a respeito do caso e aguarda retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

Fonte: Redação Terra
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