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Presidente do Cade nega foco político em investigação de cartel

16 ago 2013 - 16h38
(atualizado às 16h45)
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O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Marques de Carvalho, afirmou nesta sexta-feira que não há foco político na investigação do órgão sobre a formação de cartel em licitações do transporte público de São Paulo e do Distrito Federal. Carvalho disse que não pode "aceitar esse tipo de acusação de politização", considerando que quem levou a denúncia ao órgão foi uma das empresas que faziam parte do esquema - a Siemens, que fechou um acordo de leniência para atenuar as eventuais punições que viria a receber.

"O que eu posso dizer é que o procedimento que o Cade tem adotado nessa investigação é o mesmo em todas as investigações. E eu não posso aceitar esse tipo de acusação de politização quando uma empresa vem ao Cade e faz uma denúncia, e pede para fazer um acordo de leniência. Não fomos nós, não foi o Cade, não foi a Superintendência, ou Ministério da Justiça que procurou a empresa atrás de uma licitação especifica. A empresa que procurou o Cade. Nesse contexto, como o Cade pode ser acusado de estar politizando, ou ter escolhido determinados contratos para analisar?", disse o presidente do órgão. A Siemens negou ter sido fonte das denúncias, mesmo tendo admitido o acordo de leniência com o Cade.

Carvalho, que participou de um debate na Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP), também afirmou que a investigação das denúncias feitas pela Siemens é prioridade no Cade. "Posso dizer que é um caso prioritário da Superintendência Geral, até porque, quando se trata de uma busca e apreensão, autorizada pelo judiciário, você acessa documentos das empresas, isso envolve outros tipos de sigilo, fiscal, bancário, e a gente tem que separar. O Cade não está investigando outras coisas que não a denúncia de cartel", disse.

Segundo o Cade, não há prazo para que a investigação seja encerrada - apenas um esforço para que ela não se estenda por mais de dois anos. "É uma série de documentos, uma quantidade enorme de material. A superintendência, na busca, acabou entrando em uma serie de empresas. Há um software que cruza essas informações e formata a analise sobre a existência de um cartel", disse.

 
Fonte: Terra
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