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Protesto contra a corrupção reúne 4 mil no Rio

Manifestantes se dizem apartidários, mas hostilizam integrantes do PT durante a marcha

24 jun 2013 - 17h47
(atualizado às 21h01)
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<p>Uma manifestação que reúne aproximadamente 500 pessoas, segundo a CET-Rio, partiu da Candelária e fechou a avenida Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira</p>
Uma manifestação que reúne aproximadamente 500 pessoas, segundo a CET-Rio, partiu da Candelária e fechou a avenida Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Uma manifestação que reúne aproximadamente 4 mil pessoas partiu da Candelária e fechou a avenida Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro, para cobrar os desvios da classe política e os atos de corrupção dos governantes. Identificados com um movimento chamado UCC (União Contra a Corrupção), os manifestantes - muitos com rostos e camisetas cobertas - se dizem apartidários, mas hostilizaram militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), presentes no local. Por volta das 20h, o grupo chegou à Cinelândia. Os manifestantes tomaram as escadarias da Câmara Municipal. Não há registro de confrontos. 

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

Segundo o técnico em segurança do trabalho Maycon Freitas, idealizador do UCC, "o movimento não é de um só, é do povo". Uma equipe da TV Globo que filmava a manifestação foi xingada e teve de se retirar do local. O protesto, que ganhou adesão durante o trajeto, marchava em direção à Cinelândia e era acompanhado de um cordão de policiais, que vigiava a retaguarda da caminhada.

A manifestação desta segunda-feira conta com frases projetadas em um prédio na esquina da avenida Rio Branco com a rua da Assembleia. Entre as projeções, estão críticas a políticos, com frases pedindo a saída de nomes como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador José Sarney (PMDB-AP), e mensagens chamando o publico para participar dos movimentos, como “vem pra rua e "amanhã vai ser maior".

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Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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