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Protesto de servidores em SP acaba em conflito com a polícia

Confusão se refletiu na Câmara; vereadores votam mudanças na previdência que afetam 63,7 mil servidores municipais

10 nov 2021 - 20h16
(atualizado às 20h33)
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Servidores municipais entraram em confronto com a polícia nos arredores da Câmara Municipal de São Paulo na tarde desta quarta-feira, 10, próximo ao início das votações da Reforma da Previdência Municipal, proposta pelo prefeito Ricardo Nunes.

Segundo presentes, alguns manifestantes jogaram ovos e tentaram forçar a entrada na Câmara. Imagens de televisão mostram que os policiais usaram gás lacrimogêneo, bala de borracha e bombas para conter os manifestantes. Esta é a nona manifestação organizada pelos servidores desde setembro, quando a proposta foi enviada à Câmara pelo prefeito.

A confusão se refletiu dentro da Casa, quando vereadores contrários e favoráveis ao projeto passaram a se empurrar e tentar impedir a continuidade da votação em meio aos protestos do lado de fora. Após a ação da Guarda Civil Metropolitana, parte dos manifestantes deixaram o local. Uma tentativa de postergar a votação chegou a ser votada, mas os partidos favoráveis formaram maioria para manter a votação ainda hoje. Neste momento, a reforma segue sendo discutida na Câmara.

Protesto de servidores em SP acaba em conflito com a polícia
Protesto de servidores em SP acaba em conflito com a polícia
Foto: Ronaldo Silva / Futura Press

Os servidores são contrários à votação em segundo turno de uma proposta que altera as regras da previdência social para servidores municipais. Em primeiro turno, a proposta foi aprovada pelo quórum mínimo. Entre as principais mudanças está a cobrança de uma alíquota de 14% em valores pagos aos aposentados que ganharem acima do teto. Também se propõe uma idade mínima e um maior tempo de contribuição para a aposentadoria.

Outro ponto que provocou a manifestação dos servidores é a criação de uma previdência complementar, que acrescenta uma nova alíquota de contribuição para quem desejar receber acima do teto.

Estadão
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