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Protesto fecha vias do centro de SP nesta quinta

5 set 2013 - 21h34
(atualizado às 21h43)
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Manifestantes realizaram um protesto contra o governador do Estado, Geraldo Alckmin, e interditaram ruas do centro de São Paulo
Manifestantes realizaram um protesto contra o governador do Estado, Geraldo Alckmin, e interditaram ruas do centro de São Paulo
Foto: Tiago Mazza / Futura Press

Um grupo de manifestantes interditou totalmente a avenida Paulista na noite desta quinta-feira, em um protesto contra o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). De acordo com a Polícia Militar, a manifestação reuniu cerca de 30 pessoas. 

A manifestação saiu da frente do Teatro Municipal de São Paulo, no centro da cidade, por volta das 18h15. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), por volta de 19h30 o grupo começou uma caminhada pela avenida São João, seguindo pela avenida Ipiranga e rua da Consolação até chegar à avenida Paulista. 

De acordo com a CET, em todas as vias onde os manifestantes passaram o trânsito foi interrompido. 

Às 21h20 o trânsito ficou interditado nos dois sentidos da avenida Paulista, na altura da rua Haddock Lobo. Segundo a PM, até as 21h20 não havia registro de conflitos entre policiais e manifestantes nem detenções. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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