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Quatro presos são encontrados mortos em penitenciária do RN

Vítimas tinham entre 24 e 26 anos e apresentavam sinais de estrangulamento; unidade fazia parte do Complexo de Alcaçuz em 2017, palco de massacre

19 ago 2018 - 17h45
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SÃO PAULO - Quatro presos foram encontrados mortos com sinais de estrangulamento na madrugada deste domingo, 19, na Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte. A unidade é vizinha da Penitenciária de Alcaçuz, palco de um massacre que terminou com 26 detentos assassinados em janeiro de 2017.

A Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga fazia parte do Complexo de Alcaçuz no massacre de 2017
A Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga fazia parte do Complexo de Alcaçuz no massacre de 2017
Foto: Sejuc/Divulgação / Estadão

Segundo a Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejuc), as vítimas eram Iuri Yorran Dantas Azeved e Thiago Lucas Oliveira Silva, ambos de 24 anos, além de Ytalo Nunes de Sousa, de 25, e de Rodrigo Alexandre Farias Araujo, de 26. Os corpos foram encontrados por agentes penitenciários de plantão.

Eles estavam presos por homicídio qualificado, roubo, tráfico e associação para o tráfico. O caso é investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e há suspeita de conflito entre facções. "As circunstâncias das mortes serão investigadas pela polícia civil e só o laudo do Instituto Técnico poderá determinar a real causa da morte", diz a pasta, em nota.

Voltada para o regime fechado, a unidade integrava o Complexo de Alcaçuz durante a rebelião do ano passado, que durou 14 dias. Era o Pavilhão 5. Na época, integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) entraram em conflito com uma facção rival, o Sindicato do Crime. Há cerca de um ano e três meses, no entanto, a penitenciária não faz mais parte do complexo.

Segundo o governo do Rio Grande do Norte, a Rogério Coutinho Madruga e Alcaçuz têm entradas, administrações e corpos de agentes diferentes. "O Governo segue firme no trabalho de aperfeiçoamento do sistema prisional, mantendo os detentos presos e longe do convívio com a sociedade, sem fugas e sem acesso a celulares", afirma a nota. "As facções criminosas não se comunicam mais com o exterior da cadeia, o que tem provocado brigas internas."

Estadão
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