Rede de exploração sexual infantojuvenil no RS: Mais mães são presas
Duas novas prisões se somam ao esquema de abusos em troca de dinheiro e presentes, liderado por empresário detido em Abril.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul anunciou, nesta quarta-feira (16), a prisão de mais duas mulheres suspeitas de participação em uma rede de exploração sexual infantojuvenil. As detenções ocorreram em Dois Irmãos e Igrejinha, cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre, entre os dias 8 e 14 de agosto, como parte das investigações sobre o esquema. Segundo as autoridades, essas mulheres estariam envolvidas em um grupo que entregava seus próprios filhos menores de idade para abusos sexuais em troca de dinheiro e presentes. A rede seria liderada por um empresário que já se encontra preso desde abril.
A primeira prisão ocorreu em Dois Irmãos no dia 8 de agosto, quando uma mãe de um menino de 6 anos foi detida. A operação também incluiu mandados de busca e apreensão em sua residência. Em Igrejinha, no dia 14 de agosto, outra mulher, mãe de uma menina de 7 anos, foi presa. O celular dessa suspeita foi apreendido para análise pericial. A polícia informou que as suspeitas eram parte de um grupo que oferecia seus próprios filhos para abusos sexuais, e a liderança desse esquema ficaria a cargo do empresário detido anteriormente.
De acordo com as investigações, o empresário de 41 anos se aproximava de mães em situações financeiras vulneráveis, principalmente em ONGs beneficentes e sites de prostituição. As mães eram então apresentadas a um "cardápio" de abusos, com preços definidos para diferentes tipos de exploração, desde passar um fim de semana com as crianças até dar banho nelas. Os valores eram negociados por meio de mensagens, muitas vezes com pagamento via Pix. Os crimes ocorriam no apartamento do empresário, localizado em Imbé, e foram descobertos por meio de denúncias anônimas e análises de conversas em dispositivos apreendidos.
A delegada Camila Franco Defaveri, da 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), ressaltou a gravidade dos crimes cometidos e aprofundou sobre o impacto que a exploração sexual infantojuvenil tem sobre as vítimas. Desde o início das investigações, outras prisões foram efetuadas, incluindo mães que submeteram suas próprias filhas a esses abusos em troca de mesadas. A polícia reforçou a importância de denunciar casos de exploração sexual de menores através de canais como os telefones 181 e 0800-642-6400, além do WhatsApp (51) 98444-0606, disponibilizados pela Polícia Civil do RS.
Com a informação G1.