Relatos de estupro próximos ao metrô de SP assustam mulheres
Publicações em redes sociais que viralizaram alertam para segurança das mulheres que passam pelas estações Vila Mariana, Ana Rosa e Sacomã
Relatos de frequentes estupros na região das estações Vila Mariana, Ana Rosa e Sacomã do Metrô, na zona sul de São Paulo, estão assustando mulheres de bairros das proximidades dessas localidades. Mensagens em redes sociais têm descrito os ataques e conclamado as vítimas a reagirem e registrarem os crimes na polícia. Um dos ataques foi relatado nesta quinta-feira (23), à Delegacia de Defesa da Mulher da zona sul da capital.
As publicações em redes sociais que viralizaram alertam para segurança das mulheres que passam pelo bairro. "Estão puxando as meninas pra dentro dos veículos na entrada e saída do metrô, entre as estações Vila Mariana e Ana Rosa, olho aberto e façam escândalo, gritem fogo, qualquer coisa", publicou uma jovem.
Os relatos começaram circular nas redes sociais no sábado (18), quando uma jovem teria sido sequestrada e violentada antes de ir à aula do Curso Poliedro. Na segunda-feira (20), outro caso teria acontecido com uma estudante da Faculdade ESPM. Em nota, o Metrô confirmou que na manhã do último sábado, uma jovem foi deixada na entrada da estação Vila Mariana alegando ter sido vítima de estupro.
A Companhia afirmou que a jovem foi atendida pelos funcionários do Metrô e levada para casa dos pais. Ela recusou encaminhamento hospitalar e não quis registrar boletim de ocorrência. Apesar dos rumores do crime, não há outros indícios que alunas de instituições de ensino da região tenham sido violentadas.
Sobre o caso da estação Sacomã, o Metrô informou que "não medirá esforços para colaborar com a polícia durante as investigações". Segundo o site G1, uma estudante foi atacada na plataforma dessa estação por um agressor armado, que a estuprou e a acompanhou até as proximidades da universidade onde a vítima estuda.
A ESPM afirmou não ter nenhum caso de estupro com alunas da faculdade. Diante dos rumores, a instituição aproveitou para enviar um comunicado aos estudantes e funcionários sobre a existência de vans que fazem transporte das estações do metrô para as escolas e vice-versa. O Curso Poliedro informou que lamenta o ocorrido e que a jovem socorrida pelos funcionários do metrô não é aluna da instituição e que não há registro de violência com estudantes do curso.
Investigação
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que só o caso Sacomã foi registrado. "A Polícia Civil vai instaurar inquérito policial e imagens das câmeras de segurança foram solicitadas ao Metrô", informou a pasta em nota.