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Repórter ferida por PM em SP diz que já enxerga com olho atingido

Jornalista da 'Folha de S. Paulo' foi uma das repórteres agredidas por policiais durante o protesto de quinta-feira

14 jun 2013 - 09h39
(atualizado às 10h05)
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A repórter Giuliana Vallone, do jornal Folha de S. Paulo, foi atingida no olho por uma bala de borracha da PM
A repórter Giuliana Vallone, do jornal Folha de S. Paulo, foi atingida no olho por uma bala de borracha da PM
Foto: Guilherme Kastner / Brazil Photo Press

A repórter do jornal Folha de S. Paulo Giuliana Vallone, que foi atingida no olho direito por um tiro de bala de borracha disparado por policiais militares na quinta-feira, está internada no Hospital Sírio-Libanês e afirmou que já consegue enxergar com o olho ferido. A jornalista postou uma mensagem no Facebook em que agradece às manifestações de solidariedade de amigos e desconhecidos, e afirma que passou a noite em observação. "Agora, ao acordar, percebi a coisa mais incrível: já consigo enxergar com o olho afetado, o que não acontecia quando cheguei aqui", escreveu ela.

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SP: fotógrafo do Terra é preso durante cobertura de protesto

Giuliana disse que não sofreu fraturas ou problemas neurológicos, e que o globo ocular não teve danos. "Fora isso, estou muito inchada e tomei alguns pontos na pálpebra", afirmou.

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Jornalistas agredidos e presos por PMs

Outros seis repórteres da Folha foram feridos durante o protesto contra o aumento do preço da tarifa do transporte público na quinta-feira. A empresa afirmou que "repudia toda forma de violência e protesta contra a falta de discernimento da Polícia Militar no episódio".

O repórter do Terra Vagner Magalhães também foi agredido por policiais militares enquanto trabalhava na cobertura da manifestação. O jornalista levou um golpe de cassetete no braço, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Manifestantes se juntaram no local depois que o protesto e os confrontos com a polícia se amenizaram. Policiais passaram pelo local e foram ironicamente aplaudidos pelo grupo. Diante da provocação, os PMs partiram para cima dos manifestantes.

Antes da confusão, Vagner alertou os policiais que é repórter e que estava trabalhando no local, mas foi agredido. Os PMs ainda lançaram bombas sobre um grupo de jornalistas que partiu em sua ajuda.

O fotógrafo do Terra Fernando Borges também foi detido enquanto cobria a manifestação, nesta tarde. Ele portava crachá de imprensa, equipamento fotográfico de trabalho e se apresentou como jornalista, mas foi levado pelos policiais. Ele passou 40 minutos detido junto com outros manifestantes, de frente para a parede, com as mãos nas costas e a cabeça baixa, mas foi liberado em seguida.

<p>Policial dispara tiros de bala de borracha contra manifestantes</p>
Policial dispara tiros de bala de borracha contra manifestantes
Foto: Bruno Santos / Terra

Os policiais revistaram os pertences e documentos dos detidos, e só liberaram o fotógrafo alegando que ele "não portava vinagre", que é usado como "antídoto caseiro” contra os efeitos da bomba de gás lacrimogêneo. Alguns profissionais de imprensa utilizam o produto para conseguir trabalhar registrando as imagens do protesto .

A repórter do Terra Marina Novaes tentou fugir das bombas lançadas pela polícia e se refugiou na garagem de um prédio próximo à praça Roosevelt, junto de um grupo de outras pessoas. A polícia isolou a área e levou o grupo para o camburão. Retida, ela só foi dispensada depois que se apresentou como jornalista.

O repórter Piero Locatelli, da revista CartaCapital, também foi detido. Segundo a publicação, ele foi preso enquanto fazia a cobertura das manifestações.

O repórter Henrique Beirange, do jornal Metro, foi atingido por um jato de spray de pimenta, enquanto cobria a manifestação. "Jogaram spray de pimenta de forma aleatória contra os jornalistas. Isso é um absurdo. A gente está aqui trabalhando", protestou.

PM atira contra profissionais da imprensa durante protesto:

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Fonte: Terra
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