Réu baleado em júri teria matado pai de atirador por conta de briga por burro; entenda
Câmeras de segurança registraram toda a ação do filho que invadiu uma sessão de júri e atirou contra o acusado de matar seu pai
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Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem invadiu uma sessão de júri, em novembro de 2023, e atirou contra o acusado de matar seu pai em 2012, em São José do Belmonte, interior de Pernambuco. Ele foi preso em flagrante, e a vítima, hospitalizada.
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O atirador foi identificado como Cristiano Alves Terto, filho de Francisco Alves Terto — que teria sido assassinado por Francisco Cleidivaldo Mariano de Moura, o réu que estava sendo julgado.
Segundo reportagem do SBT, o crime que vitimou o pai de Cristiano teria sido motivado por um burro perdido. No ano em que ocorreu o assassinato, Francisco Cleidivaldo teria ido à propriedade do pai do atirador questionar sobre um burro que teria fugido. A vítima disse que não sabia sobre o animal e Francisco, embriagado, atirou contra o homem.
Entenda como tudo ocorreu no júri
De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco, o caso ocorreu na Vara Única da comarca da cidade. Nas imagens de câmeras de monitoramento, é possível ver Cristiano Alves Terto, filho de Francisco Alves Terto — que teria sido assassinado por Francisco Cleidivaldo Mariano de Moura — sentado ao lado de uma mulher, enquanto acompanha o julgamento.
Logo depois, ele levanta da cadeira e faz um movimento com a mão indicando que iria sacar uma arma. Neste momento, a mulher que estava com ele ainda tenta segurá-lo, mas não consegue.
Com a movimentação de Cristiano na diração do réu, Francisco e as outras pessoas que estavam no local perceberam o que estava acontecendo e foram se escondendo.
Em seguida, Cristiano conseguiu se aproximar do suposto assassino de seu pai e disparou seis vezes. Francisco caiu e procurou refúgio atrás da bancada dos magistrados.
Após os disparos, Cristiano desferiu coronhadas na cabeça de Francisco, enquanto duas mulheres (uma delas sua acompanhante) tentavam contê-lo. Depois do crime, Francisco e a mulher que o acompanhava deixaram a sala, enquanto a outra moça fechou a porta.
Depois de efetuar os disparos contra o réu, o suspeito foi perseguido por policiais que estavam no Fórum e também pela Polícia Civil até ser preso. Ele foi encaminhado para a delegacia do município e autuado em flagrante.
Já Francisco Cleidivaldo foi encaminhado para o Hospital de São José do Belmonte e, posteriormente, transferido para o Hospital de Serra Talhada, onde está sob cuidados médicos.
No dia seguinte, em audiência de custódia realizada no Polo de Audiências de Custódia de Serra Talhada, o atirador teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. Ele foi encaminhado para a Cadeia Pública de São José do Belmonte.
