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Reunião termina sem acordo e greve no Metrô deve continuar

6 jun 2014 - 20h00
(atualizado às 20h12)
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A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) manteve nesta sexta-feira, em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a última proposta de reajuste salarial feita aos metroviários, de 8,7%, mesmo índice apresentado. Os mediadores do TRT chegaram a propor que a empresa apresentasse um aumento de, ao menos, 9%. O Metrô, no entanto, não aceitou.

Os mediadores propuseram então que, se fosse dado aumento de 8,8%, a participação nos lucros e resultados (PLR) fosse dividida igualmente entre os empregados, uma das reivindicações dos metroviários. A empresa negou novamente.

Os metroviários afirmaram, no início da sessão, que poderiam reduzir o pedido de reajuste de 12,2%, apresentado nesta quinta-feira, desde que houvesse avanço na proposta da empresa. Esta foi a quinta reunião de conciliação entre as partes que terminou sem acordo. Sem nova proposta, as chances são mínimas de a assembleia dos trabalhadores, marcada para a noite desta sexta-feira, decidir pelo encerramento da greve.

Nesta quinta-feira, o TRT havia decidido que a fase de conciliação estava encerrada e que o julgamento do discídio coletivo caberia à Justiça. A pedido das partes, nova reunião foi marcada para hoje. O julgamento está pré-agendado para o próximo domingo, às 10 horas.

O maior entrave na negociação é o índice de reajuste. O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Metroviários de São Paulo pedia, inicialmente, 35,47% de aumento. O valor foi,, então reduzido para 16,5% e, na última audiência, para 12,2%. O Metrô ofereceu 5,2%, 7,98% e, finalmente, 8,7%.

Como alternativa à greve, os metroviários propuseram novamente a abertura das catracas à população e o desconto do dia de trabalho dos funcionários. A empresa, no entanto, negou, alegando que o Metrô não pode abrir mão da receita, por se tratar de recursos públicos. Para tanto, seria necessário uma processo legislativo.

Por decisão da Justiça, 100% os metroviários estão obrigados a, mesmo em greve, trabalhar nos horários de pico e 70% nos demais períodos. A decisão é questionada pelos trabalhadores.

O Metrô informou que o número de pessoas transportadas nesta quinta-feira foi o equivalente a 25% do registrado em um dia normal. 

Agência Brasil Agência Brasil
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