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Boechat acumulou prêmios em quase 50 anos de carreira

Jornalista nasceu em Buenos Aires, mas passou a maior parte da vida no Rio de Janeiro; ele ganhou três vezes o prêmio Esso

11 fev 2019 - 17h34
(atualizado às 18h01)
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Aos 66 anos, Ricardo Eugênio Boechat era um dos mais premiados jornalistas do Brasil, com quase 50 anos de carreira. Ele morreu na queda de um helicóptero nesta segunda-feira, 11.

O jornalista começou a carreira em 1970 no extinto Diário de Notícias, do Rio, e, depois passou, por grande parte dos maiores jornais, canais de televisão e rádios do País. Atualmente, trabalhava como âncora do Jornal da Band e na BandNews FM, além de ser colunista da revista IstoÉ.

Filho de diplomata, Boechat nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 13 de julho de 1952. Ele morou no Rio de Janeiro durante a maior parte da vida, mas vivia em São Paulo desde 2006. Além do trabalho na imprensa, escreveu o livro-reportagem "Copacabana Palace - Um Hotel e sua História" (DBA, 1998), que resgata a trajetória do icônico hotel.

Filho de um diplomata brasileiro, Ricardo Boechat nasceu em Buenos Aires e começou carreira jornalística no Rio, nos anos 1970
Filho de um diplomata brasileiro, Ricardo Boechat nasceu em Buenos Aires e começou carreira jornalística no Rio, nos anos 1970
Foto: Divulgação/Band / BBC News Brasil

O jornalista ganhou três prêmios Esso, o mais importante da área. O primeiro deles foi em 1989, pela Agência Estado, em uma reportagem sobre corrupção na Petrobrás. Os demais foram em 1992, na categoria Informação Política, e em 2001, na categoria Informação Econômica.

Depois do início no Diário de Notícias, ele começou a trabalhar na coluna de Ibrahim Sued no jornal O Globo. Em 1983, passou a integrar a equipe da coluna Swann, na mesma publicação, da qual assumiu a titularidade dois anos depois.

Anos depois, em 1987, trabalhou na Secretaria de Comunicação Social do Rio de Janeiro por seis meses, durante a gestão Moreira Franco e, depois, foi para o Jornal do Brasil. Nos anos 80, começou a trabalhar na sucursal carioca do Estado. Em 1989, retornou à coluna Swann, do jornal O Globo, que, depois, passou a se chamar Boechat.

Nos anos 90, se tornou colunista do Jornal do Brasil, no qual depois assumiu uma coluna e chegou a ser diretor de redação durante um ano. Também foi colunista no SBT e do jornal O Dia, do Rio, além de ter sido professor da Faculdade da Cidade.

Em 1997, passou a ter um quadro de opinião no jornal Bom Dia, Brasil, da TV Globo, empresa que deixou em 2001. Logo depois, se tornou diretor de jornalismo do Grupo Bandeirantes no Rio. Em 2006, mudou-se para São Paulo para ancorar o Jornal da Band. Em seguida, também começou a trabalhar como âncora na BandNews FM.

Dentre os prêmios conquistados, estão ainda um White Martins de Imprensa, além de nove Comunique-se (2007, 2010 e 2012, na categoria âncora de TV; 2006, 2008 e 2010, como apresentador/âncora de rádio; e 2008, 2010 e 2012, como colunista de notícia).

Estadão
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