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Rio: com protesto de garis, Comlurb vai manter rotina de limpeza

2 mar 2014 - 18h22
(atualizado às 23h19)
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Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) não paga horas extras pelo trabalho nos dias de Carnaval e oferece apenas um tíquete de R$ 12, conforme relatos de garis
Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) não paga horas extras pelo trabalho nos dias de Carnaval e oferece apenas um tíquete de R$ 12, conforme relatos de garis
Foto: Mauro Pimentel / Terra

A Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) informou neste domingo que está mantendo sua rotina especial de limpeza programada para o período de Carnaval, apesar de manifestações de um grupo de garis da empresa que ocorrem desde ontem (1º) na cidade.

Em nota divulgada hoje, a Comlurb informou que “alguns pontos da cidade sofreram interferência de membros de um grupo de grevistas sem representatividade nem ligação com o sindicato reconhecido da categoria”.

A companhia recordou que o movimento foi considerado ilegal pela Justiça do Trabalho, “o que dificultou e atrasou a realização dos serviços nestes locais”. A Comlurb está mobilizada na correção da limpeza nos pontos onde houve problemas.

A companhia reiterou, ainda, que permanece em negociação com o sindicato da categoria, “como faz anualmente no período do acordo coletivo”.

Centro do Rio lembra filme 'Ensaio sobre a Cegueira'

Quem pulou carnaval no centro do Rio neste domingo cruzou com os restos dos blocos que passaram pelo local no sábado. As ruas amanheceram repletas de lixo devido à paralisação dos garis;

O paulistano Gustavo Coltri, que foi a Cordão do Boi Tá Tá, bloco que reuniu, segundo a prefeitura, cerca de 45 mil pessoas, ficou impressionado com a quantidade de lixo nas ruas. “Como é o meu primeiro carnaval na cidade, não sei mensurar se isso e comum, mas está bem sujo. Cheguei a comentar com amigos que lembra o Ensaio sobre a Cegueira”, disse, referindo-se a obra do escritor José Saramago, posteriormente transformada em filme, em que a limpeza das ruas de uma cidade é abandonada depois que uma epidemia de cegueira se alastra.

À tarde, cerca de 400 fizeram um protesto na avenida Presidente Vargas. Houve confronto com a Polícia Militar e os manifestantes foram dispersados com bombas de gás lacrimogêneo. 

Às 19h deste domingo ainda era possível cruzar com grandes montantes de lixo nas principais avenidas do centro. Apenas no sábado 1,3 milhão de pessoas passaram pela avenida Rio Branco durante o bloco Cordão do Bola Preta, deixando um rastro de sujeira pela rua que amanhã recebe o bloco do Afroreggae cujo o público estimado pela prefeitura beira as 500 mil pessoas.

Agência Brasil Agência Brasil
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