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Rio é escolhida pela Unesco como primeira Capital Mundial da Arquitetura

Com esse título, a cidade se responsabiliza em promover uma série de eventos relacionados às questões urbanas no ano que vem, por ocasião da realização do Congresso Mundial da União Internacional de Arquitetos

18 jan 2019 - 12h44
(atualizado às 13h44)
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RIO - O Rio de Janeiro é oficialmente a primeira Capital Mundial da Arquitetura. O anúncio foi feito nesta sexta-feira pela diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, durante cerimônia realizada na sede da entidade, em Paris. A cerimônia contou com a presença da secretária municipal de Urbanismo, Verena Andreatta, do presidente da União Internacional dos Arquitetos (UIA), Thomas Vonier, do presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Nivaldo de Andrade, e do presidente do Comitê Executivo do 27º Congresso Mundial da UIA, Sérgio Magalhães.

A partir de agora, as cidades que sediarem o Congresso Mundial da UIA, realizado a cada três anos, serão também designadas pela Unesco como Capital Mundial da Arquitetura. Com esse título, as cidades se responsabilizam em promover uma série de eventos relacionados às questões urbanas, durante todo o ano em que se realizará o Congresso.

O Rio de Janeiro foi selecionado, em 2014, para sediar o Congresso Mundial da Arquitetura de 2020, concorrendo com Paris (França) e Melbourne (Austrália). Para isso, a prefeitura e o IAB fizeram uma proposta de programa para o evento e definiram um tema de interesse global, que foi o "All the worlds. Just one world" ("Todos os mundos. Apenas um mundo", em tradução livre), que foram apresentados à UIA.

De fato, o Rio apresenta uma coleção arquitetônica rara. Do novo Museu do Amanhã, um projeto do arquiteto espanhol Sergio Calatrava, passando pelo Museu de Arte Moderna , de Affonso Eduardo Reidy, a cidade tem construções realmente únicas. O Cristo Redontor, símbolo máximo do Rio, também é uma obra arquitetônica de respeito, de Heitor da Silva Costa. Na cidade vizinha de Niterói, que é quase considerada a mesma cidade, estão várias obras de Oscar Niemeyer, como o Museu do Futuro e o caminho Niemeyer.

"Nosso compromisso é o de transformar o ano de 2020 em um marco na história cultural da cidade. Além da visibilidade internacional, teremos a oportunidade de ampliar a relação de pertencimento dos moradores da nossa cidade com o seu patrimônio histórico e arquitetônico, difundindo e preservando esse acervo. O Rio de Janeiro possui uma arquitetura que reflete a riqueza de culturas que formam a sociedade brasileira, por ter sido porto e capital do Brasil por mais de dois séculos", defende o prefeito Marcelo Crivella.

Eventos como esse colaboram para o cumprimento de duas importantes agendas de desenvolvimento das Nações Unidas: a principal delas, a Agenda 2030, sobretudo em seu Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11 (ODS 11), que tem como foco as cidades e os assentamentos humanos, além da Nova Agenda Urbana.

A representante e diretora da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, ressalta que "a cultura e a arquitetura são fundamentais para a superação de desafios e soluções inovadoras para os espaços urbanos". Ela complementa dizendo que "ter o Rio como a primeira Capital Mundial da Arquitetura é um fato a ser celebrado pelo País, uma vez que a cidade se tornará o palco de uma série de eventos, em 2020, para tratar de temas importantes para o desenvolvimento como cultura, planejamento urbano, mobilidade, obras públicas e a construção de cidades mais inclusivas".

Além desse título, a cidade ainda é reconhecida por abrigar dois sítios do Patrimônio Mundial Cultural - Rio de Janeiro, paisagens cariocas entre a montanha e o mar e Sítio Arqueológico Cais do Valongo.

Estadão
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