A Justiça começou a ouvir nesta terça-feira as testemunhas de acusação e de defesa referentes ao caso do desabamento do Edifício Liberdade, ocorrido no dia 25 de janeiro de 2012, no centro do Rio. A audiência começou por volta das 14h30, na 31ª Vara Criminal, conduzida pelo juiz Roberto Câmara Lacé Brandão.
Num primeiro momento, estão sendo ouvidas 11 testemunhas de acusação, arroladas pelo Ministério Público, que sustenta a tese de uma obra no nono andar, da empresa T.O. Tecnologia, ter causado o desabamento. Após os depoimentos de acusação, serão ouvidas 22 testemunhas de defesa.
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Os advogados do proprietário da T.O. Tecnologia tentam provar que o Edifício Liberdade tinha outros vícios estruturais que poderiam ter causado o desabamento. A queda do prédio, que tinha 20 andares, provocou o desmoronamento de mais dois edifícios vizinhos. O acidente resultou na morte de 22 pessoas.
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Os desabamentos
Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro de 2012. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo a Defesa Civil do município, 22 pessoas morreram.
Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. Na época, o especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio.
Na época da tragédia, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. O governo do Estado decretou luto. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.
Familiares usam camisetas estampando a foto de uma das vítimas do desabamento
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Em cerimônia marcada pela emoção, alguns familiares não quiseram falar com a imprensa
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Antes da missa, nome de todas as vítimas foi lido
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Muitos familiares e amigos deixaram flores no local do desabamento
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Familiares consideram pouco o indiciamento do Ministério Público sobre os responsáveis pela tragédia
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Homenagem no local da tragédia foi marcada pela emoção
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Flores foram jogadas por familiares no local do desabamento
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Dia foi de homenagens feitas por familiares e amigos das vítimas do desabamento no Rio
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Familiares não esconderam a emoção durante o ato
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Um ano depois da tragédia, pai de Bruno Charles, vítima da tragédia, convive com a angústia de não saber se enterrou o filho
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Familiares de Bruno Charles levaram faixas pedindo justiça ao Ministério Público
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Emoção e inconformismo marcou o dia de homenagens às vítimas do Edifício Liberdade