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RJ: após protestos, Cabral convoca reunião de emergência nesta 5ª

18 jul 2013 - 01h18
(atualizado às 09h16)
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<p>Manifestantes cometeram atos de vandalismo no bairro do Leblon, zona sul do Rio de Janeiro</p>
Manifestantes cometeram atos de vandalismo no bairro do Leblon, zona sul do Rio de Janeiro
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Após novo protesto em frente à sua residência, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) convocou para esta quinta-feira, às 8h, uma reunião de emergência para discutir segurança pública. 

Mais cedo, Sérgio Cabral, por meio da assessoria, divulgou nota sobre a manifestação. "A oposição busca antecipar o calendário eleitoral criando constrangimentos à governabilidade. O governador, legitimamente eleito por 67% dos votos no primeiro turno, nas últimas eleições, reitera o seu compromisso de continuar a manter o Rio de Janeiro na rota do desenvolvimento social e econômico."

Confira a nota divulgada sobre a reunião de emergência na íntegra:

"O Governador Sérgio Cabral convocou reunião de emergência para o Palácio Guanabara nesta quinta-feira, 18/7, às 8h, com o Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a Chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, o Comandante da Polícia Militar, Coronel Erir da Costa Filho, os secretários da Casa Civil, Regis Fichtner, e de Governo, Wilson Carlos Carvalho. A reunião vai tratar do vandalismo praticado na Zona Sul do Rio de Janeiro quarta-feira".

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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