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RJ: confronto entre sem-teto e guardas tem 1 preso e feridos

14 abr 2014 - 12h12
(atualizado às 17h52)
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O confronto entre manifestantes retirados do prédio da Oi na última sexta-feira, no Engenho Novo, e a Guarda Municipal do Rio, ocorrido nesta segunda-feira, acabou com um homem detido e dois guardas municipais feridos, informou a corporação. O embate ocorreu quando os manifestantes, que estavam acampados em frente ao prédio da prefeitura, na Cidade Nova, bloquearam por alguns minutos uma das pistas da avenida Presidente Vargas.

Moradores removidos do prédio da Oi no Engenho Novo, no Rio, seguem acampados em frente à prefeitura do Rio. Os cerca de mil manifestantes chegaram a fechar todo o sentido centro da avenida Presidente Vargas, mas a via já foi liberada
Moradores removidos do prédio da Oi no Engenho Novo, no Rio, seguem acampados em frente à prefeitura do Rio. Os cerca de mil manifestantes chegaram a fechar todo o sentido centro da avenida Presidente Vargas, mas a via já foi liberada
Foto: Ale Silva / Futura Press

Foi preso em flagrante Rafael Pires da Rosa, acusado de atacar com pedradas os dois guardas. Segundo a corporação, com ele foi encontrada uma mochila contendo pedras e maconha. Rosa, que tem passagem por porte de drogas, foi encaminhado para a 6ª Delegacia de Polícia (Cidade Nova). Ele foi autuado por resistência e lesão corporal. Os dois feridos foram encaminhados para o Hospital Municipal Souza Aguiar com escoriações e cortes no rosto.

Os manifestantes estenderam uma grande bandeira preta na pista e interditaram o trânsito em direção à Candelária, quando homens da Guarda Municipal munidos de cassetes e escudos intervieram e foram recebidos a pedradas e garrafas de água pelos manifestantes. Os guardas usaram cassetetes e houve muita confusão e correria, apesar dos organizadores pedirem a todo momento, do alto de carros de som, para que não houvesse reação, porque havia muitas crianças e idosos presentes.

Para liberar a pista, os guardas municipais usaram bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar a multidão. Depois do enfrentamento os manifestantes recuaram para a frente do Centro Administrativo da prefeitura, na Cidade Nova, onde permanecem acampados, reivindicando moradia.

Os guardas municipais fizeram uma barreira humana para impedir que a Avenida Presidente Vargas fosse novamente fechada, mas como a situação acalmou, eles desfizeram o cordão de isolamento.

A desocupação

A desocupação terminou com um intenso confronto entre policiais e as famílias que ocupavam, havia duas semanas, o terreno que pertence à empresa Oi, no Engenho Novo, e deixou vários feridos e dezenas de detidos na sexta-feira. Cerca de 1,6 mil policiais chegaram ao local ainda na madrugada, atuando na reintegração de posse

Por volta das 6h30, a população que mora no local ofereceu resistência e entrou em confronto com a tropa de Choque da Polícia Militar. Pelo menos cinco veículos foram incendiados, lojas foram saqueadas e bancos da região tiveram vidraças quebradas.

Alguns moradores reagiram e chegaram a jogar um coquetel molotov em direção aos militares. A polícia reagiu, atirou bombas de efeito moral e disparou tiros de borracha para dispersar os manifestantes que ocupavam várias ruas do bairro. Entre os feridos estão moradores que inalaram fumaça e policiais apedrejados.

Agência Brasil Agência Brasil
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