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RJ: em meio à greve, grupos querem protestar contra Paes e Cabral

Grupos querem acampar em frente à sede do governo fluminense e da prefeitura carioca

10 jul 2013 - 15h06
(atualizado às 16h21)
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Movimentos surgidos na internet contrários às gestões do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e do prefeito da capital fluminense Eduardo Paes (PMDB) prometem engrossar o dia de manifestações e paralisações convocadas pelas centrais sindicais para quinta-feira (11). Um grupo denominado de “Acampa, Prefeitura” promete se concentrar em frente ao prédio onde funciona o Executivo carioca a partir da noite desta quarta-feira. Para amanhã, está previsto o início do movimento “Ocupa, Guanabara”, que pretende acampar em frente ao Palácio Guanabara, local onde Cabral despacha.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/greve-geral/" href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/greve-geral/">Greve Geral</a>

Na semana passada, um grupo que montou acampamento em frente à rua onde mora Cabral foi retirado por policiais depois 14 dias no local, e motivou um protesto que resultou em conflito entre a PM e manifestantes pelas ruas do Leblon, bairro nobre da zona sul da cidade. Incomodados com o protesto, vizinhos de Cabral elaboraram um abaixo-assinado pedindo que o governador se mude.

O principal ato previsto para quinta-feira é a passeata convocada pelas centrais sindicais, cuja concentração está prevista para as 15h, em frente à Igreja da Candelária, no Centro. A expectativa da organização é que de 20 mil a 30 mil pessoas caminhem pela avenida Rio Branco até a Cinelândia. Segundo o presidente da Nova Central Rio de Janeiro (NCST Rio), Sebastião José da Silva, as centrais sindicais não têm qualquer relação com os protestos previstos contra os governantes fluminenses.

“Não há qualquer orientação e responsabilidade das centrais sindicais em relação a esses demais protestos. Temos uma pauta, ela está protocolada. O ato de amanhã tem trajeto definido, liderança e já está acertado até quem vai discursar. Mas esperamos que nossa passeata seja turbinada por demais movimentos e setores da sociedade”, afirmou, mencionando que segmentos estudantis, quilombolas e até o Movimento dos Sem-Terra (MST) já anunciaram apoio ao dia de paralisações.

“Algumas de nossas reivindicações convergem com o que pleiteiam esses outros movimentos”, acrescentou.

Silva ressaltou que o movimento é “ordeiro”, e a preocupação da liderança é que não haja tumultos. Antes da passeata, estão previstas paradas pontuais de petroleiros, bancários, professores da rede pública, policiais civis e médicos. No setor de transportes, está planejada a parada, por duas horas, dos metroviários do Rio de Janeiro.

Entre os principais pleitos das centrais sindicais estão a derrubada do veto presidencial que manteve o Fator Previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horais semanais, reajuste para os aposentados, e maior volume de recursos para a saúde e a educação. Silva admite que alguns segmentos sindicais tentaram colocar o pedido pela Reforma Política na pauta de reivindicações, mas a questão foi prontamente vetada.

“O desejo pela Reforma Política tem cunho partidário. Foi colocado pela CUT, que é ligada ao PT. A pauta está pronta desde 2010, não cabe esse tema da Reforma Política”, observou.

A intenção, destacou o sindicalista, é alertar o Congresso e o governo para as questões que estão sendo colocadas. Depois dos atos de amanhã, previstos para acontecer em todo o Brasil, as centrais sindicais vão fazer uma avaliação na próxima sexta-feira, para debater as respostas ao movimento. Caso ela seja insatisfatória, os sindicalistas poderão caminhar para a convocação de uma greve geral.

“A ideia não é radicalizar amanhã. Faremos paralisações pontuais. Nos reunimos ontem com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e colocamos nossas reivindicações. Vamos aguardar como eles irão acenar”, disse.

Veja a lista divulgada pela Força Sindical das cidades que devem participar do dia de paralisações:

ESTADO CIDADES
Amazonas Manaus
Alagoas Maceió
Bahia Salvador, Itabuna, Alagoinhas, Brumado, Caetité, Jequié, Camaçari, Nazaré, São Roque e Itabuna
Ceará Fortaleza
Distrito Federal Brasília
Espírito Santo Vitória
Goiás Catalão e Anápolis
Mato Grosso Cuiabá
Mato Grosso do Sul Campo Grande
Minas Gerais Belo Horizonte e Ipatinga
Pará Belém
Paraná Curitiba
Pernambuco Recife
Rio de Janeiro Rio de Janeiro, Volta Redonda e Resende
Rio Grande do Norte Natal
Rio Grande do Sul Porto Alegre e Região Metropolitana
Santa Catarina Florianópolis, Criciúma, Itajaí e Chapecó
São Paulo São Paulo, Osasco, Santo André, Guarulhos, São Caetano, Santos, Barretos, Marília, Campinas, Piracicaba, Ribeirão Preto, Franca, Santos, Sorocaba, São José dos Campos, Lorena, Araçatuba, entre outras.
Sergipe Aracaju
Fonte: Terra
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