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RJ: manifestantes levam helicópteros de brinquedo em ato contra Cabral

11 jul 2013 - 19h23
(atualizado às 19h43)
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 Em alusão à polêmica envolvendo Cabral por conta do uso de helicópteros do governo fluminense, alguns manifestantes levaram ao protesto helicópteros de brinquedo
Em alusão à polêmica envolvendo Cabral por conta do uso de helicópteros do governo fluminense, alguns manifestantes levaram ao protesto helicópteros de brinquedo
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Cerca de 250 pessoas se concentram no Largo do Machado, na zona sul do Rio de Janeiro, para um protesto que tem como principal alvo o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB). Elas pretendem caminhar até o Palácio Guanabara, sede do governo, que fica a aproximadamente 800 metros da concentração do ato. 

Em alusão à polêmica envolvendo Cabral por conta do uso de helicópteros do governo fluminense, alguns manifestantes levaram ao protesto helicópteros de brinquedo. Faixas pedindo a reforma política e a saída da presidente Dilma Rousseff (PT) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também foram vistas na manifestação. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também é alvo de críticas de alguns manifestantes. "Lula, você é a maior decepção da história desse País", diz um dos cartazes.

Um pequeno grupo se concentrava no Largo do Machado por volta das 16h, quando manifestantes oriundos de outra manifestação organizada no centro da capital fluminense engrossou o contingente. 

A PM reforçou o efetivo no Largo do Machado. Um outro grupo de policiais ampliou a segurança no entorno do Palácio Guanabara, que está cercado por grades.

Por volta das 18h30, os manifestantes começaram uma passeata, com cerca de 500 pessoas. Às 18h45, o protesto chegou ao Palácio Guanabara. A rua Pinheiro Machado foi fechada nos dois sentidos e os manifestantes permaneciam em frente à sede do governo. 

Por conta da manifestação, o comércio da região fechou as portas, temendo tumultos. A Polícia Militar tentava estabelecer diálogo com os manifestantes, e reforçou a segurança na região. Bombeiros também ficaram a postos. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/greve-geral/" href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/greve-geral/">Greve Geral</a>
Fonte: Terra
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