RJ: PM dispersa bloco clandestino na Baixada Fluminense
Comemorações de carnaval estão proibidas por causa da pandemia; polícia vai monitorar redes sociais
A Polícia Militar do Rio usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar um bloco clandestino de carnaval em Nova Iguaçu, cidade da Baixada Fluminense, na madrugada desta sexta-feira, 12. Em Magé, outra festa de rua foi interrompida com a chegada de PMs, mas sem incidentes. As comemorações de carnaval estão proibidas devido à pandemia do novo coronavírus, que se espalha pelo ar, em aglomerações.
Na capital fluminense, um decreto municipal que passa a vigorar a partir da meia noite desta sexta prevê até prisão para quem desfilar em blocos de carnaval - que estão proibidos. Isso porque quem for pego em aglomerações poderá ser enquadrado no artigo 268 do Código Penal, que trata de infração à determinação do poder público "destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa". A pena prevista é de detenção de até um ano, além de pagamento de multa.
Desde o início da semana, o governo do Rio e os órgãos de segurança têm alertado sobre a proibição de se fazer aglomerações. Apesar disso, a manutenção do feriado na próxima terça-feira fez com que algumas cidades emendassem um feriadão, o que motiva muita gente a fazer carnaval por conta própria.
A Polícia Civil determinou à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) que monitore redes sociais de organizadores de festas clandestinas. As informações são repassadas para a Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP), que atua diretamente na fiscalização.
Segundo a DRCI, "vários eventos estão sendo monitorados e seus organizadores identificados". Eles deverão responder a processo. Segundo a Polícia Civil, o delegado Pablo Sartori, titular da DRCI, já pediu o bloqueio de contas dos organizadores e empresas envolvidas nos eventos. O objetivo, conforme a polícia, "é deter a atuação financeira das organizações desses eventos".
A Polícia Militar informou ao longo da semana que fará bloqueios em alguns dos principais acessos do Rio pra evitar que ônibus fretados com destino a festas possam acessar a cidade. Para reforçar o patrulhamento ostensivo no Estado, a corporação suspendeu folgas e férias de PMs durante o feriadão de carnaval.