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Rosa Weber pede detalhes da interiorização de venezuelanos

Ministra do STF diz ser urgente e necessária a aceleração do processo de interiorização como 'válvula de descompressão' do litígio

24 ago 2018 - 17h57
(atualizado às 18h19)
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A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a União apresente num prazo de 15 dias documentos ao STF para esclarecer o processo de interiorização dos imigrantes venezuelanos que estão em Roraima. A decisão, divulgada nesta sexta-feira (24), é feita dentro da ação em que o governo de Roraima pede o fechamento temporário da fronteira entre Venezuela e Brasil.

A ministra afirma no despacho que "a absoluta incerteza sobre a duração deste triste êxodo humano" conduz a urgente e necessária aceleração do processo de interiorização, como "válvula de descompressão" da questão litigiosa. A interiorização citada é o deslocamento de venezuelanos para outras regiões do País.

Cambista venezuelano exibe notas do 'Bolívar Soberano' em Roraima
Cambista venezuelano exibe notas do 'Bolívar Soberano' em Roraima
Foto: Edmar Barros / Futura Press / Estadão

Rosa determinou que a União apresente o número atual de imigrantes venezuelanos encaminhados para outros estados; as atas, se houver, e o cronograma das reuniões de articulação com os demais estados ou municípios para verificação de vagas em abrigos públicos ou da sociedade civil para imigrantes; a lista dos estados consultados e a resposta dada por cada um quanto ao interesse e a existência de vagas; a perspectiva de abertura de novas vagas, e os procedimentos que estão sendo adotados para a eventual ampliação deste processo de interiorização.

No último domingo, 20, o estado de Roraima pediu novamente ao STF o fechamento temporário da fronteira. No início de agosto, Rosa negou liminarmente esse pedido do governo estadual. O mérito da ação ainda não foi julgado.

Na nova manifestação, a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), insiste no fechamento da fronteira entre os dois países, suspendendo temporariamente a imigração na região. Ela alegou que a cidade de Pacaraima, que registrou conflitos no último sábado (18) transformou-se num "barril de pólvora".

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