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RS: ato de apoio à greve disputa espaço com filas de passageiros

31 jan 2014 - 19h27
(atualizado às 23h06)
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<p>Fila de passageiros à espera de lotação faz a curva na esquina em frente à prefeitura de Porto Alegre, onde um ato marca apoio à greve</p>
Fila de passageiros à espera de lotação faz a curva na esquina em frente à prefeitura de Porto Alegre, onde um ato marca apoio à greve
Foto: Daniel Favero / Terra

Cerca de 500 pessoas se reuniram em frente à prefeitura de Porto Alegre no fim da tarde desta sexta-feira para um ato de apoio à greve dos rodoviários, que teve inicio na segunda-feira. Os manifestantes deixaram o local no começo da noite e seguiram caminhando em direção ao Ginásio Municipal Tesourinha, onde os rodoviários se reuniram em assembleia nesta sexta-feira decidindo pela manutenção da greve.

"Estou esperando há uma hora, hoje de manhã levei duas horas para chegar no trabalho, e estou gastando R$ 20 do meu bolso por dia para trabalhar... acho que essa greve não vai dar em nada, e é a população que paga por isso", reclavama a auxiliar de serviços gerais, Ana Claudia Oliveira, no meio de uma fila de duas quadras, em frente à prefeitura, onde tentava embarcar em uma das duas lotações que teria que usar para chegar em casa, na Zona Norte. 

Quando chegaram ao ginásio, os  manifestantes foram recebidos com festa pelo comando grevista dos rodoviários, além de outras categorias também em greve, como os funcionários dos Correios. Entretando a maioria dos 1 mil grevistas preferiu deixar o local, alguns até protestando contra o Bloco de Lutas, organizador da marcha de apoio, que defende a adoção do passe livre na cidade.

"Apoio a greve do rodoviário, é passe livre e quero aumento de salário", "Fortunati está desesperado, o governo está desesperado , e a burguesia está em crise", entre outras frases eram esbravejadas no carro de som que acompanhou os manifestantes a partir daquele momento. 

Após o encontro, os manifestantes decidiram caminhar em direção ao prédio do jornal Zero Hora. Janelas foram apedrejadas, mas a polícia não reagiu, como nas manifestações do ano passado. Foi montado apenas um cordão em frente ao prédio. Os manifestantes chegaram a entoar gritos de "sem violência", mas acabaram jogando as pedras e quebrando as janelas do edifício na esquina das avenidas Ipiranga e Erico Verissimo.

Em seguida, o grupo, composto já só pelos integrantes do Bloco de Lutas, caminharam pelas ruas da Cidade Baixa, bairro boêmio de Porto Alegre, e finalizaram o ato no Largo Zumbi dos Palmares. A polícia acompanhou o ato, e depois fez rondas pela região abordando pessoas.

Pelo menos três pessoas foram detidas e encaminhadas à 3ª Delegacia de Polícia Pronto Atendimento (3ª DPPA), segundo a Polícia Civil. No entanto, segundo integrantes do Bloco de Luta pelo Transporte, cinco pessoas haviam sido levadas para a delegacia.

Mesmo após decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), aumentando para R$ 100 mil o valor da multa imposta ao sindicato para cada dia de descumprimento, os motoristas e cobradores prometem que nenhum coletivo deixará as garagens neste sábado.

A greve teve início na segunda-feira, mas desde a tarde de terça-feira os rodoviários de Porto Alegre decidiram retirar todos os ônibus de circulação da cidade. 

<p>Cerca de 300 pessoas se reúnem em frente à prefeitura de Porto Alegre para um ato de apoio à greve dos rodoviários</p>
Cerca de 300 pessoas se reúnem em frente à prefeitura de Porto Alegre para um ato de apoio à greve dos rodoviários
Foto: Daniel Favero / Terra

Na terça-feira, a Justiça gaúcha obrigou os rodoviários a colocar 30% da frota em circulação durante o dia - índice que vinha sendo obedecido pelos grevistas - , e de 70% nos horários de pico. A decisão do Tribunal Regional do Trabalho desagradou a categoria, que decidiu por retirar todos os ônibus de circulação.

Fonte: Terra
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