RS: com prisões e depredações, PM considera manifestação pacífica
Suspeitos podem ser indiciados por danos ao patrimônio, formação de quadrilha e desobediência, com penas somadas que podem chegar a 6 anos de prisão
Após a detenção de 23 pessoas suspeitas de vandalismo durante a manifestação contra o aumento da passagem de ônibus, em Porto Alegre, na noite de quinta-feira, a Brigada Militar contabilizou 23 locais pichados, seis agências bancárias depredadas, cinco veículos danificados, incêndios em um parquímetro e em uma lixeira. Os prejuízos contabilizados por uma das agências bancárias seria de ao menos R$ 70 mil, segundo foi registrado. No entanto, a polícia afirmou, na tarde desta sexta-feira, que a manifestação foi pacífica e a grande maioria não concordava com os atos de vandalismo.
De acordo com a Brigada Militar (Polícia Militar local) o confronto ocorreu no final da manifestação, quando os manifestantes incendiaram uma das 40 lixeiras que haviam sido tombadas durante a caminhada, além de terem atirado objetos contra os policiais. Entre os detidos, um já tinha participado de atos de vandalismo em manifestações anteriores, e outros três já tinham passagens pela polícia.
“Uma pessoa nós temos certeza de que tinha participado de todas as manifestações em que houve depredações, e fazia parte do grupo que articulava para onde o grupo se dirigia”, disse o major André Cordova, do 9º BPM, acompanhou a operação na noite de ontem.
Segundo a polícia, caso seja confirmada a participação dos detidos nos atos de vandalismo, eles podem ser indiciados por danos ao patrimônio, formação de quadrilha e desobediência, com penas somadas que podem chegar a 6 anos de prisão.
Manifestação pacífica
No entanto, o comandante do policiamento metropolitano coronel João Diniz Prates Godoi, afirmou que 99% dos manifestantes atuaram de forma pacífica e vaiavam os autores das depredações. Segundo ele, a policia atuou para garantir a segurança daqueles que exerciam seu direto constitucional de protestar.
“A Brigada Militar sempre atuará de forma legal para garantir o livre direito de manifestação às pessoas e cidadãos”, afirmou.
A polícia trabalha agora para individualizar a conduta dos suspeitos, para que possa indiciá-los ou não à Justiça.
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21 | Lojas pichadas |
1 | Prédio de empresa de telefonia pichado |
3 | Bancas de revista pichadas |
6 | Vidraças e equipamentos de bancos depredados |
2 | Veículos particulares danificados |
2 | Veículos de empresas de comunicação danificados |
1 | Veículo da EPTC danificado |
1 | Parquímetro incendiado |
1 | Lixeira incendiada |
40 | Lixeiras tombadas |
23 | Detidos (18 homens e 5 mulheres) |