RS: policiais protestam e pedem para que população não saia
Brigada Militar e Bombeiros prometem não sair às ruas na próxima segunda-feira em função dos atrasos nos salários dos servidores
Representantes de servidores da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros afirmaram que vão ficar nos seus quartéis na próxima segunda-feira (3) e pediram para que a população do Rio Grande do Sul não saia de casa. O motivo é o anúncio de parcelamento e atraso nos salários dos servidores estaduais, feito por secretários do governo estadual na manhã desta sexta-feira (31). O governador José Ivo Sartori (PMDB) não compareceu ao anúncio.
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"Os policiais estão sendo convidados a permanecer nos quartéis e só saírem em caso de urgências e emergências, sem policiamento ostensivo", disse à Rádio Guaíba o presidente da ABAMF, entidade que representa cabos e soldados da Brigada Militar, Leonel Lucas. "O policial está psicologicamente afetado, ele não tem como sair para a rua", disse Lucas. O documento assinado por nove entidades afirma: "orientamos a população do Rio Grande do Sul, que vê a criminalidade se alastrar diariamente, que não saiam de suas residências na 2ª feira (dia 3 de agosto) (...) Não podemos receber ordens de quem não cumpre a lei e comete crime de desobediência."
O secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, Giovani Feltes, confirmou que os salários de todos os servidores estaduais serão parcelados, inclusive do governador e dos secretários. O valor máximo pago no início do mês será de R$ 2.150. Para quem ganha mais que este valor, outras duas parcelas foram atrasadas para os dias 13 e 25 de agosto. No dia 13 de agosto, o valor máximo a ser pago será de R$ 1 mil; o restante deverá ser pago até o dia 25. Nas palavras do secretário, faltam R$ 360 milhões para o pagamento dos salários relativos ao mês de julho. O governador José Ivo Sartori (PMDB) deverá se manifestar através de um vídeo no Facebook nas próximas horas.