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RS: prefeitura de Porto Alegre remove contêineres antes de protestos

20 jun 2013 - 11h27
(atualizado às 17h11)
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Contêiner destruído após protesto em 14 de junho
Contêiner destruído após protesto em 14 de junho
Foto: Luciano Lanes/PMPA / Divulgação

O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) de Porto Alegre (RS) iniciaram às 9h desta quinta-feira a retirada de 80 contêineres de lixo de cinco vias em antecipação ao novo protesto marcado para o final da tarde desta quinta-feira na cidade. 

A medida tem o objetivo de evitar prejuízos com possíveis novos atos de vandalismo. Nas duas últimas manifestações, 92 contêineres foram depredados e 26 precisaram ser trocados após serem incendiados, segundo a prefeitura.Segundo o órgão, cada unidade tem valor entre R$ 4,8 mil e R$ 5,2 mil. 

Serão removidos 21 equipamentos na avenida João Pessoa, 4 na avenida Azenha, 1 na rua Sebastião Leão, 23 na rua General Lima e Silva e 31 na Borges de Medeiros. O DMLU afirma que uma equipe de 90 garis recolocará os contêineres no lugar após o encerramento do ato. 

“Pedimos aos moradores dos bairros Centro Histórico e Cidade Baixa que colaborem com a cidade não depositando, a partir das 12h desta quinta-feira, o lixo nas ruas. No amanhecer de sexta-feira, os contêineres estarão de volta e as ruas estarão limpas”, afirmou André Carús, diretor-geral do DMLU.

Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

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As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40.

O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

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Fonte: Terra
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