RS: servidoras do Samu negam atendimento a suspeita de ebola
Ebola foi descartado logo no início do atendimento e enfermeiras podem ser punidas por se negarem a atender paciente
Duas enfermeiras da prefeitura de Porto Alegre que trabalham no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se negaram a atender um chamado feito por um senegalês após ouvirem que os sintomas eram semelhantes aos do vírus ebola.
Entretanto, a suspeita foi descartada ainda na regulação – uma espécie de investigação que é feita pelo telefone durante a chamada - ao constatarem que o estrangeiro estava no Brasil há mais de um ano, além de vir de um país onde não existe surto da doença.
Quando foi feito o chamado, pessoas próximas ao estrangeiro confirmaram as informações que ajudaram a descartar qualquer possibilidade de uma infecção pelo temido ebola. A situação se complica porque os sintomas da doença são semelhantes ao de várias outras enfermidades.
Por conta da negativa das enfermeiras em se deslocaram para o atendimento, uma outra equipe foi acionada. Desde setembro a cidade de Porto Alegre possui uma unidade do Samu específica para casos de ebola, mas como a possibilidade de um infecção pelo vírus foi descartada logo no início, não foi necessário acionar esta equipe.
Quanto às enfermeiras que se negaram a atender o senegalês, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre avalia que tipo de punição pode ser aplicada, uma vez que as servidoras não poderiam negar atendimento.