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Sabesp diz que culpa por falta de água também é da população

15 out 2014 - 14h05
(atualizado às 14h39)
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Empresa afirmou que tem disponibilidade para atender a população até novembro
Foto: Divulgação

A presidente da Sabesp Dilma Pena afirmou, nesta quarta-feira, que a responsabilidade pelo problema da falta de água e da seca dos sistemas de abastecimento de São Paulo é da população, do governo do Estado e da própria companhia. Ela participou da sétima reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sabesp na Câmara Municipal de São Paulo e voltou a ser questionada sobre os problemas de escassez de água no Estado paulista.

“Este problema é um problema que eu divido com a diretoria colegiada da Sabesp, com nossos superintendentes, com o conselho de administração e com o governo de São Paulo e também com a sociedade paulista”, afirmou Dilma Pena.

A presidente da companhia de abastecimento falou novamente sobre a captação da segunda cota do volume morto, reserva técnica jamais utilizada nas represas, e disse que a empresa conseguiu uma liminar para obter a retirada de 106 milhões de metros cúbicos do Sistema Cantareira a partir de novembro.

“É um assunto complexo. Temos uma disponibilidade suficiente para atender a população até meados de novembro. Temos uma obra em fase de finalização para disponibilizar para o Cantareira mais 106 milhões de metros cúbicos, cujas obras já estão licenciadas. Tem uma liminar colocando condições. Usaremos com parcimônia”, afirmou. Esse volume elevaria o nível do Cantareira em cerca de dez pontos percentuais.

Apesar das reclamações de falta de água nas mais variadas regiões de São Paulo, Dilma Pena disse que nenhum bairro fica 12 horas totalmente sem água. Na semana passada, quando ela também esteve respondendo a perguntas na CPI, Dilma disse que “apenas” 1% a 2% da população estava sentindo a falta de água.

“Nosso objetivo é manter a população abastecida. Estamos trabalhando fortemente com o bônus, retomamos a visita aos condomínios, onde temos menos economia de água. Vamos intensificar a transferência de água do sistema Guarapiranga para os demais sistemas. A redução de perdas estamos intensificando também, além de trabalhar a disponibilidade da água de reuso e todas obras. Mantido esse regime de chuvas, que é muito improvável, temos mais 106 metros cúbicos de água do Cantareira para utilizar com parcimônia e responsabilidade”, explicou.

Questionada pela CPI se havia algum problema com a palavra “racionamento”, já que a Sabesp e o governo de São Paulo não admitem o rodízio de água, Dilma Pena voltou a negá-lo.

“Não temos nada contra a palavra racionamento. Temos simulações para melhor utilização da água disponível. Se tivéssemos implantado em fevereiro um racionamento de 2 dias com água e um dia inteiro sem, que seria o mais brando, a água acabaria em meados de agosto. Temos segurança de que a estratégia que estamos adotando é unindo experiência e maximizando adutoras”, completou.

A crise no sistema Cantareira A crise no sistema Cantareira

Fonte: Terra
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