Sabesp usa 2º volume morto e Cantareira sobe para 13,6%
A companhia de saneamento adicionou 105 bilhões de litros ao Sistema Cantareira entre ontem e hoje
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) adicionou 105 bilhões de litros ao Sistema Cantareira entre ontem e hoje, subindo a capacidade dos reservatórios de 3%, registrada ontem, para 13,6%, por meio do segundo volume morto. A medida é mais uma ação emergencial diante da pior crise hídrica da história dos reservatórios de São Paulo.
Também em estado crítico, o Sistema Alto Tietê opera com 8% de sua capacidade nesta sexta.
Nesta semana, o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, afirmou, nesta terça-feira, que, se a crise hídrica no Estado de São Paulo continuar, a alternativa da Sabesp e do governo estadual será retirar água do “lodo”, que seria uma terceira cota do volume morto. De acordo com ele, as obras que estão sendo feitas – transposição do rio Paraíba e retirada de água do reservatório São Lourenço -, ficarão prontas apenas em dois anos, quando as duas primeiras cotas da chamada reserva técnica teriam se esgotado.
Andreu participou de uma audiência na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) na manhã da última terça-feira. Ao lado do presidente da ANA, estava o vereador Laércio Benko (PHS), presidente da CPI da Sabesp na Câmara Municipal de São Paulo. Alguns deputados e membros de movimentos sociais também estiveram presentes no evento.
“O volume três é possível ser retirado? Eu acredito que tecnicamente seria inviável. E do ponto de vista ambiental, essa água terá problema. Se a crise se acentuar é bom que a população saiba que não haverá alternativa a não ser ir no lodo”, afirmou Andreu.
Previsão de chuva
Segundo a Climatempo, as pancadas de chuva voltaram a ocorrer, mas ainda sem muita regularidade. Porém, a situação de bloqueio e de calor extremo já terminou. O Sudeste do Brasil vai receber mais umidade do Norte do País nos próximos dias, o que vai facilitar a ocorrência de chuva. A previsão é que a circulação de ventos sobre o Brasil e a chegada de uma grande frente fria ajudem a formar e a manter grandes áreas de instabilidade sobre o Sudeste, provocando chuva forte e volumosa sobre o Cantareira.
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