Script = https://s1.trrsf.com/update-1723493285/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Sabores da África: oficina resgata importância de ingredientes tradicionais na cozinha brasileira

Evento gratuito de culinária foi conduzido pela chef Dandara Batista no Clube Aristocrata, espaço de valorização da cultura afrodescendente em SP

30 jul 2024 - 03h10
Compartilhar
Exibir comentários

A partir da união de diversos temperos, aromas e sabores, a chef Dandara Batista apresentou uma oficina gratuita de Culinária Africana no Clube Aristocrata, em São Paulo, na última semana. Cursos como esse, diz a especialista, são importantes por resgatar a cultura preta, além de retomar o papel dos ingredientes africanos como base da cozinha brasileira.

"Vejo muitas pessoas que chegam ao meu restaurante curiosos com o que vão encontrar e muitas se surpreendem com a proximidade com a comida brasileira. Os ingredientes são basicamente os mesmos, com formas de preparo diferentes", explicou a chef, que é dona do restaurante Afro Culinária Ancestral, localizado no Rio de Janeiro.

Depois da oficina, o clube permaneceu aberto para o almoço com pratos tradicionais da culinária africana, como o Arroz Jollof com Camarão e Banana da Terra, Mafê de frango com Cuscuz Marroquino e Ndolé com Carne e Banana. O sucesso da oficina abre a possibilidade de novos eventos semelhantes em São Paulo. "Foi um evento muito especial, um público muito interessado em conhecer a culinária africana, muito receptivo, e que interagiu bastante fazendo perguntas e observando os preparos."

O nome Aristocrata foi a maneira que os fundadores encontraram para enfrentar o racismo à época. Foi um espaço que ajudou a construir o orgulho negro dentro da comunidade. Os tempos de glória duraram 25 anos.

A partir de 1986, o clube começou a perder associados e, com eles, as receitas foram diminuindo. Com poucas atividades, o Aristocrata acabou despejado de seu próprio imóvel. Novos gestores negociaram o terreno com a Prefeitura de São Paulo, sanaram as dívidas do clube e compraram uma nova sede em 2015.

O sobrado num bairro de classe média é bastante diferente dos tempos gloriosos do clube. Mas, como diz um dos poucos sócios remanescentes, uma nova "semente" foi lançada.

* Este conteúdo foi produzido em parceria com o Aristocrata Clube, espaço sociocultural que procura valorizar a cultura e a identidade negra.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade