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Santos: combate a incêndio é dificultado por vazamento

Combate ao fogo ficou em segundo plano para conter uma rachadura de 70 centímetros e evitar a propagação

7 abr 2015 - 15h49
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<p>Autoridades encontram dificuldades para conter o fogo</p>
Autoridades encontram dificuldades para conter o fogo
Foto: Débora Melo / Terra

O combate ao incêndio que atinge a empresa Ultracargo, em uma área industrial de Santos, no litoral paulista, desde a última quinta-feira (2), foi dificultado devido a um vazamento de combustível de um dos tanques. De acordo com o corpo de bombeiros, o combate direto ao fogo foi secundarizado pela necessidade de conter uma rachadura de aproximadamente 70 centímetros e evitar uma nova propagação.

"A situação, de momento, é controlada, o fogo está contido. A estratégia de hoje (terça-feira) é de seguir com o resfriamento do tanque que está pegando fogo e o adjacente, que apresenta vazamento de combustível, o maior problema hoje. Não podemos apagar o fogo e deixar vazando, pois se espalha para outras áreas podemos ter um aumento do fogo, então é preferível que queime", disse o coronel do corpo de bombeiros do estado de São Paulo, Marco Aurélio Alves Pinto.

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"Estamos baixando a quantidade de líquido que tem nos tanques de contenção para que possamos acessar as tubulações. Já sabemos que o vazamento vem de uma tubulação. Há previsão de acabar esse vazamento nesse tanque ainda hoje, mas pode ser que estejam em outros, também", completou.

Os bombeiros refutaram dar novos prazos para o término dos trabalhos que, de acordo com o vice-governador Márcio França, devem durar entre três e quatro dias.

Os trabalhos, inclusive, ganharam desde segunda o reforço do Governo Federal, com a determinação que a Infraero e a Força Aérea Brasileira disponibilizassem pessoal e equipamentos para ajudar no combate ao fogo.

A Ultracargo importou um produto que passou a ser usado como nova estratégia no fim de semana, chamado de Coldfire, espécie de espuma que ajuda no resfriamento. O uso ainda é contido devido ao vazamento.

"Estamos com quantidades de Coldfire e espuma suficientes. Falaram que temos pouco, mas ele (Coldfire) só atua no combate inicial ao fogo. Hoje não temos estratégia para o combate (ao incêndio), isso só acontecerá quando sanarmos o vazamento nos tanques", reforçou.

"Não há motivo para pânico" em Santos, diz bombeiro:

A gerência da Agência Ambiental de Santos informou que a Cetesb continua monitorando a qualidade do ar alegando, inclusive, que foi montada uma estação próxima ao local, que tem operado 24 horas, mas que até agora não houve "nada que ultrapassasse o padrão". A questão dos peixes mortos já teve amostras coletadas e serão analisadas até o fim da semana.

Boatos de que a área seria evacuada chegaram a moradores por meio do WhatsApp e pelas redes sociais. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que está investigando para encontrar o responsável por disseminar os boatos criminosos.

Os bombeiros já estão com um plano de evacuação, que ainda não foi implementado porque a situação está controlada. O primeiro perímetro envolveria cerca de 500 pessoas de um bairro próximo.

Desde sábado, o governo de São Paulo anunciou a instalação de um gabinete de crise na prefeitura de Santos para acompanhar e tomar providências em relação ao incêndio nos depósitos da Ultracargo.

Fazem parte do grupo o vice-governador, Márcio França, os secretários de Governo, Saulo de Castro; da Casa Militar, José Roberto Rodrigues de Oliveira; da Segurança Pública, Alexandre de Moraes; e do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias. Também integram o comitê o comandante do Corpo de Bombeiros, Marco Aurélio Alves Pinto, e o subsecretário de Comunicação, Marcio Aith.

Fonte: Terra
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