São Paulo reduzirá captação de água do Sistema Cantareira
O governo do Estado de São Paulo informou nesta quinta-feira que reduzirá a captação de água do Sistema Cantareira a partir da próxima segunda-feira. O reservatório é responsável pelo abastecimento de metade da população da região metropolitana de São Paulo. A decisão de diminuir a retirada de água do manancial segue orientação da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica.
Apesar da redução na captação de água, o Palácio dos Bandeirantes destacou, por meio da assessoria de imprensa, que a decisão não afetará o abastecimento e não implicará racionamento. De acordo com o governo, o Sistema Cantareira, que hoje chegou ao menor limite já registrado (16%), será auxiliado pelos sistemas Alto Tietê (que está com 38,3% de sua capacidade) e Guarapiranga (69%). A campanha para economia de água também será intensificada.
Nesta quinta-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que há previsão de chuva significativa na cabeceira do Sistema Cantareira, no sul de Minas Gerais. A chuva pode amenizar a situação crítica dos reservatórios do sistema. De acordo com o Inmet, as precipitações, que devem ser superiores a 50 milímetros, devem persistir até sábado nas cidades de Camanducaia, Extrema, Sapucaí-Mirim, Joanópolis e Nazaré Paulista.
O comitê anticrise montado para gerenciar a situação da Cantareira, emitiu um relatório, no último dia 18, com simulações sobre o que pode ocorrer com o nível dos reservatórios nos próximos meses, se não forem adotadas medidas emergenciais. Na pior das hipóteses, o volume útil do manancial se esgotaria em agosto deste ano, e a Grande São Paulo passaria a ser abastecida pelo volume morto, ou seja, a parte do reservatório que não é alcançada atualmente pelas bombas.