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Sargento invade base e mata dois policiais a tiros no interior de São Paulo; autor é preso

Ataque aconteceu na manhã desta segunda-feira na cidade de Salto. Motivação do crime está sob investigação da polícia

15 mai 2023 - 13h38
(atualizado às 19h11)
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SOROCABA - Um sargento da Polícia Militar invadiu uma sala do quartel armado com um fuzil e disparou contra dois colegas de trabalho, na manhã desta segunda-feira, 15, em Salto, interior de São Paulo. Os dois policiais morreram. Uma das vítimas, o capitão Josias Justi, era comandante da PM na cidade. Também morreu o sargento Roberto da Silva. Depois dos crimes, o atirador se entregou e foi preso.

O atirador, identificado como Cláudio Henrique Frare Gouveia, já tinha mais de 30 anos na corporação, segundo colegas de trabalho, e tempo para se aposentar. Uma das linhas de investigação é sobre as condições de trabalho do autor dos disparos. O sargento teria se queixado de que, por ter tempo suficiente para se aposentar, estaria sendo pressionado a requerer a baixa para a reserva. Gouveia é casado com uma policial e as escalas de serviço de ambos estariam atrapalhando o dia a dia da família. Outra linha aponta para motivação passional, mas as investigações estão em sigilo.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), o sargento chegou ao quartel da PM por volta das 9 horas e, alegando que faria um treinamento, se muniu de um fuzil que estava guardado no local. Em seguida, invadiu a sala da administração e fez os disparos, matando o capitão Josias Justi e o sargento Roberto da Silva.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros prestou socorro às vítimas, mas os dois policiais não resistiram à gravidade dos ferimentos. Os óbitos foram constatados no local. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba.

Os tiros causaram grande mobilização na companhia. Um helicóptero chegou com a corregedoria da PM da capital. A prefeitura de Salto decretou luto oficial por três dias. A bandeira do município foi hasteada a meio mastro em todas as repartições municipais. Em nota, a prefeitura se solidarizou com familiares e amigos das vítimas.

O capitão Josias tinha 39 anos, era casado e pai de dois filhos pequenos, de 3 e 5 anos. Ele havia recebido a patente em 2020 e foi designado para o comando da companhia da PM em Salto. O sargento Silva era casado e pai de um filho.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) confirmou o ocorrido e disse, em nota, que a corregedoria da corporação busca elementos para esclarecer a motivação. A Polícia Militar lamentou a ocorrência na qual "dois policiais militares foram atingidos por disparos de arma de fogo efetuados por sargento da instituições por razões ainda a serem esclarecidas".

Conforme a pasta, o crime ocorreu nas dependências da 3ª Companhia do 50º Batalhão da Polícia Militar do Interior (50º BPM/I), situada na cidade de Salto. "Infelizmente, as vítimas entraram em óbito. Todas as providências de Polícia Judiciária Militar estão em andamento neste momento e a Corregedoria da Instituição acompanha as apurações", informou.

A reportagem entrou em contato com a defesa do sargento Gouveia e aguarda retorno.

Policial mata colegas no Ceará

Na madrugada deste domingo, 14, quatro policiais civis foram mortos a tiros no interior da Delegacia Regional da Polícia Civil de Camocim, cidade localizada no noroeste do estado do Ceará. O autor dos disparos, que também é agente da polícia civil, foi preso. Os tiros mataram três escrivães e um inspetor. O policial que efetuou os disparos não teve o nome divulgado. A motivação do ataque ainda é investigada.

Estadão
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