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Sem ônibus, Porto Alegre colocará vans para fazer transporte coletivo

Serão 617 veículos do tipo escolar atendendo às regiões mais carentes de transporte a partir de segunda-feira

1 fev 2014 - 11h59
(atualizado às 15h11)
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O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, em conversa com jornalistas na sede da EPTC
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, em conversa com jornalistas na sede da EPTC
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra

Diante da greve dos rodoviários que deixa Porto Alegre sem ônibus pelo sexto dia, o prefeito José Fortunati anunciou neste sábado que, como medida emergencial, as vans escolares serão autorizadas a atender as áreas mais carentes de transporte público. A medida entra em vigor na segunda-feira, quando o Executivo da capital gaúcha retornará à Justiça para pressionar empresários e funcionários por uma solução no impasse que perdura desde segunda-feira.

A medida de caráter emergencial foi tomada na manhã deste sábado, após reunião das lideranças da prefeitura, da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e órgãos do poder público. A passagem das vans custará R$ 4,20, mesmo preço pago por uma viagem nos táxi-lotação, que integram o sistema de transporte de Porto Alegre, mas ainda não se definiu que áreas serão atendidas, nem quantas pessoas serão beneficiadas. Reuniões ao longo do fim de semana definirão essas questões.

"Os motoristas do transporte escolar são capacitados, pois levam crianças, e os veículos são fiscalizados pela EPTC e têm segurança plena. Enquanto for possível transportar pessoas sentadas e mesmo em pé eles poderão fazer. Vamos privilegiar as vias estruturantes e as tranversais, para atender o maior número possível de pessoas", disse Fortunati.

Na segunda-feira, a prefeitura formalizará junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) um novo pedido para viabilizar mais uma audiência de conciliação entre rodoviários e empregadores. Nessa semana, a prefeitura interveio na disputa entre as partes para conseguir que 70% da frota circulasse nos horários de pico, ao que se seguiu um racha no movimento grevista que levou à histórica suspensão da circulação de todas as linhas da cidade.

A greve é a consequência momentânea do desacordo entre rodoviários, que reivindicam aumento salarial, e dos empresários do transporte público, que pressionam pelo aumento do preço passagem. "Não serei chantageado por nenhuma das partes que tentam colocar responsabilidade da sua irresponsabilidade sobre os ombros da prefeitura", afirmou Fortunati.

Questionado sobre a abertura de uma licitação para o transporte público de Porto Alegre, o prefeito limitou-se a dizer que a prefeitura respeitará a decisão da Justiça que determinou a necessidade de abertura do processo licitatório. "Nós temos uma decisão tomada pelo poder judiciário e nós vamos cumprir - ponto", resumiu, ao afinal de coletiva de imprensa.

Feriado de Navegantes

A paralisação vem afetando serviços e comércio. Hoje, o Jardim Botânico da capital anunciou que não abrirá neste final de semana. "Com a permanência da greve dos rodoviários em Porto Alegre, o Jardim Botânico e a Sala de Exposições do Museu de Ciências Naturais fecharão à visitação neste final de semana. O motivo é a ausência de funcionários nos serviços de bilheteria, segurança e limpeza, fundamentais para o funcionamento do parque."

Neste domingo, os ônibus deveriam, pela lei, circular com passe livre em virtude do feriado de Navegantes. No entanto, os rodoviários - que defendiam a saída dos ônibus com as catracas liberadas como medida temporária até a resolução do impasse - descartam, até o momento, que amanhã os veículos saiam às ruas pela festa típica.

"Está ficando muito claro que eles não querem favorecer a população. Porque o interesse do passe livre seria colocar a frota na rua para favorecer os usuários, os demais trabalhadores que usam o transporte coletivo. Agora eu percebo que esse não é o interesse dos rodoviários. Se eles amanhã, com o passe livre, não estarão atendendo a população, é porque o passe livre não interessa a eles para atender a população, interessa por outros motivos". disse o prefeito.

Fonte: Terra
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