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'Senti um arranhão', diz vítima atingida por tiro de PM que matou homem em show de Lauana Prado

Caso aconteceu durante um festival de música na cidade de Marília (SP) no sábado, 31

1 set 2024 - 15h25
(atualizado em 2/9/2024 às 12h43)
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O publicitário Victor Alves, uma das vítimas dos tiros disparados por um policial militar de folga que matou um homem durante show da cantora Lauana Prado em Marília, no interior de São Paulo, contou como foi o momento que percebeu que tinha sido atingido.

Segundo Victor, ao presenciar a confusão, correu para avisar as amigas que estavam com ele no show. Ao se virar para ver o tumulto, ele viu que foi baleado. "Senti um arranhão e começou a jorrar sangue", disse em entrevista à TV Tem, afiliada da Rede Globo na região. 

Ele ainda contou que recebeu ajuda das amigas, mas não recebeu assistência do ambulatório no local. "Foi um tumulto. A gente não sabia para onde ir, não tinha para onde correr. Tivemos que pegar nosso carro e ir para o hospital."

O que aconteceu

Um homem de 29 anos foi morto a tiros durante o Rodeo Music, festival de música na cidade de Marília (SP), na madrugada de sábado, 31. Conforme divulgado pela organização do evento, os disparos foram efetuados pelo policial militar Moroni Siqueira Rosa "em um ato isolado". Logo em seguida, a segurança privada agiu, desarmando o homem.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a vítima, que não teve o nome divulgado, foi socorrida no hospital das Clínicas do município, mas não resistiu. Um outro homem teve ferimentos leves.

A situação teria começado por conta de uma briga. O agressor foi preso, teve a arma apreendida, e o caso foi registrado como homicídio e lesão corporal culposa no plantão da Delegacia Seccional de Polícia de Marília.

A empresa Mega Eventos, que organiza o rodeio, alega que não houve falha por parte da segurança privada, uma vez que o autor dos disparos é um policial militar e a "legislação permite que agentes de segurança entrem armados neste tipo de evento."

Lauana também comentou o ocorrido nas redes sociais e chamou a situação de um "episódio lamentável". "No meio do show, estava tudo correndo bem e fomos surpreendidos com uma pessoa portando uma arma de fogo, que, infelizmente, atingiu um indivíduo, matou uma pessoa e feriu outra", disse a cantora.

Já a Frente Parlamentar dos Rodeios lamentou o ocorrido e disse que "um jovem perdeu a vida por motivos extremamente banais". "Nos entristece ainda mais o fato de que esse ato foi cometido por um policial da ativa e em seu horário de folga, mas que, durante um evento festivo, utilizou sua arma contra outro jovem, em meio à multidão, por um motivo fútil e irrelevante, um ato de violência inaceitável", diz.

Defesa do PM

Felipe Braga, advogado de defesa de Moroni, disse em entrevista à emissora que a motivação da briga não foi somente sobre espaço. Segundo ele, o homem atingido teve "atitudes inconvenientes", como queda de cerveja, esbarrões, bater o chapéu em crianças ao redor.

O advogado ainda afirmou que Moroni recebeu um soco na boca quando foi advertir o homem. Nesse momento, ele sacou a arma, se identificou e a vítima foi para cima para tentar tomar a arma. Foi nesse momento, de acordo com ele, que aconteceram os disparos. (*Com informações do Estadão Conteúdo)

Fonte: Redação Terra
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