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Serial Killer que matou pelo menos dez em Alagoas fazia selfie em lápides das vítimas

Albino Santos de Lima confessou oito dos dez crimes e está preso

18 nov 2024 - 09h17
(atualizado às 09h33)
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Albino Santos de Lima é suspeito de dez homicídios em Alagoas
Albino Santos de Lima é suspeito de dez homicídios em Alagoas
Foto: Reprodução/TV Globo

Um homem de 42 anos é investigado por pelo menos dez homicídios ocorridos no período de um ano em Maceió (AL). Albino Santos de Lima está preso desde setembro, confessou oito mortes e é considerado o maior serial killer do Estado. De acordo com a reportagem exibida pelo Fantástico, na noite deste domingo, 17, a Polícia Civil encontrou selfies dele em frente à lápide de algumas de suas vítimas. 

Albino é ex-segurança terceirizado do Sistema Penal do Estado de Alagoas e filho de um policial militar aposentado. Das dez vítimas em que as investigações o apontam como autor, três deles são de homens e outros sete de mulheres. Todas elas têm características parecidas. 

“As mulheres eram todas com o perfil muito semelhante: morenas, jovens e, geralmente, de cabelo cacheado. E dentre elas, tinha uma mulher trans, também com esse mesmo perfil físico", afirma o delegado Gilson Souza. 

Arma e imagens ajudaram a chegar no suspeito

A polícia identificou que todos os mortos tinham perfurações de um tipo específico de munição. Como cada arma produz um tipo de “ranhura”, essas marcas --uma espécie de DNA balístico-- ajudaram a identificar que os projéteis encontrados nos dez casos analisados até o momento tinham o mesmo tipo, o que leva a polícia a acreditar que era o mesmo criminoso que havia cometido os homicídios. 

As imagens de câmeras de monitoramento, onde o suspeito aparece do mesmo jeito, depois das 22h, usando roupas pretas e de boné para esconder o rosto, também ajudaram a identificá-lo. 

Em 17 de setembro, foi cumprido um mandado de prisão preventiva na casa onde ele morava com o pai, bem como um  mandado de busca e apreensão. No local, a polícia apreendeu a arma e o celular do suspeito. "Ele não reagiu, ficou tranquilo. Fizemos a busca na residência do pai dele, onde ele morava, e lá a polícia localizou a arma de fogo, uma pistola 380", afirma a delegada Tacyane Ribeiro. 

A arma foi encaminhada para a Polícia Científica, que comparou as munições encontradas no local do crime e no corpo das vítimas com o armamento apreendido, e confirmou a suspeita das autoridades. 

"A gente já viu todo tipo de caso, mas um caso seriado como esse, de até o presente momento dez vítimas identificadas, foi a primeira vez", aponta Charles Almeida, diretor do Instituto de Criminalística da Polícia Científica. 

‘Predador’

Para a polícia, ele já era o autor, mas com a análise do celular dele, foram encontradas mais provas. O aparelho foi formatado antes da apreensão, mas credenciais de contas dele foram recuperadas, e arquivos foram encontrados. 

Ele tinha três pastas específicas: 'Odiadas Instagram', 'mortes especiais' e 'prints reportagens'. Em alguns casos, ele chegou a ir até o cemitério e tirou selfies nas lápides das vítimas que fazia. Albino também marcava no calendário a data de cada um dos crimes. 

"Os peritos encontraram no celular dele fotografias de indivíduos que ainda estão vivos, mas que seriam vítimas em especial. [...] É um predador, assassino em série, frio, calculista", afirma o delegado Souza. 

Segundo Tacyane Ribeiro, o suspeito não demonstra nenhum tipo de arrependimento pelos crimes. 

Suspeito alega que vítimas era de facções, mas polícia nega

Albino Santos de Lima é suspeito de dez homicídios em Alagoas
Albino Santos de Lima é suspeito de dez homicídios em Alagoas
Foto: Reprodução/TV Globo

Albino prestou depoimento na semana passada, no qual confessou oito dos dez crimes. Ao ser questionado se tem envolvimento no crime de uma das vítimas, afirma que sim. Quando à motivação, ele alega: "Ela também é de facção. Todos são traficantes, todos são de facções". 

No entanto, as investigações mostram o contrário. "Nenhuma delas tem envolvimento com facções criminosas”, diz Souza. Por as vítimas terem uma certa semelhança, uma das hipóteses é que ele tenha sido rejeitado por alguém parecido com elas. 

"A gente acredita que ele, de repente, poderia ter alguma obsessão por essas jovens, com características bastante semelhantes. E de repente, ter sofrido algum tipo de rejeição, e por isso, ter ceifado a vida delas", reforça a delegada Tacyane. 

Em depoimento, ele confirmou que monitorava as vítimas pelas redes sociais. "Eu comecei a ter conhecimento dele através do Instagram. Eu comecei a fazer investigação por conta própria", revelou. “Futuramente, eu iria começar a fazer outros planejamentos e outras execuções”. 

A polícia afirmou ao Fantástico que poderá reabrir alguns casos ocorridos anteriormente. "Nós acreditamos que esse número pode aumentar significativamente. Nós vamos reabrir, inclusive, alguns inquéritos sobre homicídios ocorridos em 2019 e 2020, onde há uma forte probabilidade de ele ter envolvimento. Então, na verdade, pode ser somente a ponta de um iceberg", afirmou Souza. 

Os crimes investigados até o momento são do período de um ano, em um raio de 850 metros de onde ele morava. Pelo menos outros oito assassinatos podem ter envolvimento de Albino. Por enquanto, o assassino confesso foi indiciado por homicídio qualificado em três casos.

A defesa dele alega que Albino é sociopata. "A cabeça dele é de uma pessoa doente, de um sociopata. E esse vai ser o caminhar da minha defesa visto que ele tem direito, mesmo sendo um serial killer, em ficando-se confirmado, ele tem o direito a defesa", finalizou o advogado Geoberto Bernardo de Luna. 

Fonte: Redação Terra
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