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Sindicato dos Metroviários pede investigação sobre sistema do monotrilho: 'É inseguro'

Em nota, o Metrô de São Paulo reafirma segurança nas operações; entenda o caso

19 abr 2023 - 08h19
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Em março, batida de trens do monotrilho paralisou Linha 15, mas não houve feridos
Em março, batida de trens do monotrilho paralisou Linha 15, mas não houve feridos
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

A colisão entre dois trens da Linha-15 – Prata do monotrilho de São Paulo, em março deste ano, não teria sido por falha humana. É o que afirma o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, acusando o monotrilho de ter um sistema inseguro para os trabalhadores e passageiros que o utilizam. O Metrô rebate, reafirmando a segurança nas operações.

Com base em informações internas, a presidente dos Metroviários, Camila Lisboa, e o vice-presidente Narciso Soares, sustentam a afirmação de que a Linha-15 não conta com um sistema automático de proteção de trens e trilhos que faça com que um trem pare frente a algum obstáculo no trilho e identifique uma possível colisão.

Além disso, denunciam haver falha no sistema de comunicação dos funcionários, com zonas do monotrilho sem sinal de rádio. Por esse motivo, segundo o sindicato, muitos precisam utilizar os próprios telefones celulares durante as operações. Foi esta soma de fatores, segundo a categoria, que fizeram com que os trens a se colidissem no acidente registrado. 

Os trabalhadores também informam que, em alguns momentos, o trem fica no modo automático com o operador tendo que migrar para o outro lado do comando do trem. Com isso, por um curto período de tempo, o operador não fica em nenhum dos comandos - e, em caso de algum contratempo, não conseguiria acionar a emergência.

Em busca de que estes problemas sejam investigados, os Metroviários estão formando uma comissão de deputados para acompanhar a rotina dos operadores do monotrilho. Após essa fase de inspeção de possíveis fatores de risco, um relatório sobre a situação será encaminhado ao Ministério Público.

“Jamais vamos falar para as pessoas não utilizarem o transporte público, é uma necessidade. Mas afirmamos que o monotrilho é inseguro, sim. E a responsabilidade disso não é dos trabalhadores. Mas do sistema”, ressalta Camila Lisboa. Como medidas urgentes, o sindicato reivindica a construção de cabines para os operadores para que sempre tenha alguém no comando do trem, assim como a imediata inspeção do sistema.

O que diz o Metrô

Em nota, ao Terra, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) ressaltou que a segurança dos passageiros é uma prioridade e que, por isso, o sistema cumpre com todos os protocolos e certificados de segurança necessários para a liberação da operação comercial das linhas.

A Comissão Permanente de Segurança do Metrô (Copese) concluiu que o incidente na Linha 15-Prata foi ocasionado pelo descumprimento de procedimentos operacionais por parte dos funcionários envolvidos”, reitera, mantendo o mesmo posicionamento divulgado após o acidente.

A companhia explica que o fato em questão ocorreu com a linha fechada aos passageiros durante um período de manutenção, inspeção de vias e posicionamento de trens. Contrariando a categoria, o Metrô diz que a operação comercial, com passageiros, é feita de forma automática, por meio de sistema de sinalização e controle que identifica todos os trens e só libera a passagem em trechos livres.

Sobre as falhas de comunicação, foi dito que todos rádios que estavam sendo utilizados no dia da colisão foram testados e que estavam em pleno funcionamento. “Existem procedimentos operacionais que garantem a fidelidade na comunicação e eles não foram cumpridos”, complementou a nota.

A reportagem questionou qual a atual situação dos trens que foram danificados por conta de acidentes, mas não obteve resposta. O Metrô também não se posicionou sobre a falta de cabines de operação nos equipamentos.

Funcionários afastados

De acordo com o Sindicato dos Metroviários, os três profissionais envolvidos no acidente de março estão afastados do trabalho por questões médicas. O trauma do acidente teria sido agravado pela exposição dos trabalhadores. 

Inicialmente, os dois operadores e um profissional da central de controle operacional teriam recebido um comunicado de demissão. Porém, o desligamento teria sido cancelado. O Metrô não comunicou sobre a situação dos envolvidos no quadro de funcionários.

Fonte: Redação Terra
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