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Site da Sabesp informará horários e locais da falta d'água

Mesmo com a entrada do volume morto, que acrescentou 290 bilhões de litros ao Cantareira, o sistema acumula perdas sucessivas

25 jan 2015 - 15h21
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A Companhia Estadual de Saneamento Básico (Sabesp) informou que vai disponibilizar em seu site, a partir da próxima semana, uma lista com horários e locais onde haverá diminuição da pressão na rede de abastecimento. A manobra provoca falta d'água em diferentes regiões da cidade. O órgão reconhece que as localidades mais altas e longe dos reservatórios são as que mais sofrem com a medida. A empresa informou que faz ajustes para evitar que a população fique mais de 24 horas sem água e orienta que os moradores adquiram caixa-d’água e façam uso racional do recurso.

Para tentar conter crise da água em São Paulo, Sabesp inicia retirada da água do chamado volume morto
Para tentar conter crise da água em São Paulo, Sabesp inicia retirada da água do chamado volume morto
Foto: Alan Morici / Terra

Uma das medidas adotadas pela Sabesp para combater a crise hídrica no Estado é o fornecimento de caixas-d’água gratuita a clientes de baixa renda. De acordo com o órgão, o objetivo é manter o abastecimento nos imóveis por até 24 horas. Podem participar do programa clientes com rendimento familiar de até três salários mínimos e residentes em áreas reconhecidas pela Sabesp com socialmente vulneráveis.

Entre as ações de emergenciais, a companhia apontou que houve um incremento da produção de água de reúso. Atualmente, 0,504 metro cúbico/segundo (m3/s) são produzidos nas Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs). Essa água atende a aproximadamente 50 clientes, como prefeituras e empresas que prestam serviço para prefeituras, empreiteiras, indústrias de papel e celulose, têxtil e petroquímicas. O órgão espera entregar, em dezembro deste ano, duas Estações de Produção de Água de Reúso (EPARs). Uma delas vai tratar o esgoto coletado na região de Interlagos e a outra em Barueri. A primeira deve produzir 2 m3/s e a segunda, 1 m3/s.

A Sabesp destacou que a interligação dos sistemas de distribuição permitiu um socorro ao Cantareira. Com o deslocamento de água do Guarapiranga, Alto Tietê e Rio Grande, 3 das 9 milhões de pessoas que eram atendidas pelo Cantareira passaram a ser abastecidas por outros sistemas. O órgão espera ampliar a produção de água com o Sistema Produtor de Água São Lourenço, que tem previsão de entrega para 2017. Cerca de 1,5 milhão de pessoas da região oeste da região metropolitana devem ser contempladas com o acréscimo de 4,7 m3/s.

Mesmo com a entrada do volume morto, que acrescentou 290 bilhões de litros ao Cantareira, o sistema acumula perdas sucessivas, tendo chegado na sexta-feira a 5,3% da capacidade. A companhia informou que a produção média de água para a região metropolitana de São Paulo está em 53 metros cúbicos por segundo (m3/s). Em janeiro de 2014, o volume produzido chegava a 71 m3/s. A produção atual do Sistema Cantareira é 18 m3/s. Antes, o volume chegava a 33 m3/s.

Agência Brasil Agência Brasil
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