Sócio de Nego Di é preso sozinho em Bombinhas e Polícia revela detalhes da captura
Foragido desde 14 de julho, suspeito foi encontrado em hotel em Santa Catarina
O sócio do humorista e influenciador Nego Di foi preso no município de Bombinhas, em Santa Catarina, na última noite. Durante coletiva nesta terça-feira, a Polícia Civil detalhou que o suspeito, Anderson Boneti, estava sozinho em um hotel, utilizava um carro alugado e evitava ser visto em público. Ele não utilizava nome falso ou documentos adulterados, apesar de ser foragido desde 14 de julho, mesma data em que Nego Di foi detido em Jurerê, também em Santa Catarina.
"O investigado levava uma vida tranquila, mas escondida. Ele evitava sair nas ruas para não ser reconhecido, uma vez que fotos dele circularam nas redes sociais após a prisão do Nego Di. Mesmo assim, ele não utilizava documentação falsa", afirmou o delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil.
Boneti seria responsável pela gestão do site da loja virtual Tadizuera, que teria lesado pelo menos 370 pessoas em cerca de R$ 5 milhões. Ele já responde por outros crimes de estelionato, todos realizados através de plataformas digitais. "Como tinha expertise na parte digital, era ele que gerenciava o site. Não foi o primeiro golpe com o envolvimento dele. Tem um histórico antigo de crimes virtuais e já responde por desvio de milhões de reais. Já o Nego Di atuava como uma espécie de frontman, chamando o público para fazer compras", explicou o delegado.
Descrito como um homem de perfil não-violento, Boneti não apresentou resistência no momento da prisão. A captura foi realizada por agentes da DP de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) após uma semana de monitoramento. Ele foi avistado na sacada do hotel onde se escondia por policiais gaúchos que o vigiavam.
Com a captura de Boneti e Nego Di, a investigação entra em uma nova etapa para verificar possíveis práticas de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. "Estelionato e lavagem de dinheiro são crimes diferentes, por isso separamos as investigações. Agora vamos analisar as movimentações financeiras e verificar se há necessidade de bloquear bens dos suspeitos", explicou o delegado Fernando Sodré.
