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SP: bombeiros ainda procuram vítimas desaparecidas em desabamento

28 ago 2013 - 06h52
(atualizado às 07h12)
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<p>Bombeiros trabalham desde a manhã de terça-feira no resgate de vítimas</p>
Bombeiros trabalham desde a manhã de terça-feira no resgate de vítimas
Foto: Bruno Santos / Terra

O Corpo de Bombeiros de São Paulo continua, na manhã desta quarta-feira, o processo de busca por operários desaparecidos em obra que desabou na zona leste da capital. No final da madrugada, foi resgatado o 8º corpo sob os escombros e outras 26 pessoas já haviam sido removidas para hospitais da região.

Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros, Marcos Palumbo, a corporação não tem a confirmação exata de quantas vítimas estejam nos escombros, mas segundo relatos de sobreviventes, pelo menos outras duas pessoas estariam desaparecidas.

Na noite de ontem, um dos funcionários da obra, chamado Rubens, sobrevivente do desabamento, voltou ao local do acidente para ajudar na localização dos desaparecidos. "O trabalho do Rubens com a chefia que é responsável pela operação está sendo muito bem conduzido. Ele está passando operações procedentes da localização das vítimas, por exemplo, o que estavam fazendo, como o reforço na estrutura dos pilares, que são os elementos estruturais que ficam presos às fundações e dão sustentação à própria estrutura. Ele passou a localização dessas pessoas exatamente onde os cães estão indicando que há presença humana", disse Palumbo.

Cães farejadores

Cães estão preparados para encontrar vivos ou mortos em resgate:

O Corpo de Bombeiros usa cães farejadores para auxiliar na localização das vítimas soterradas durante o desabamento ocorrido na manhã desta terça-feira. As buscas contam com o apoio de cinco cadelas, sendo três da raça pastor belga Malinois e outras duas da raça labrador. Os trabalhos dos animais foram iniciados após os bombeiros delimitarem as áreas seguras para circulação no local.

Veja quais são os animais empregados na operação:

Vasty, pastor belga Malinois, 1 ano

Hanna, labrador, 3 anos

Jade, pastor belga Malinois, 5 anos

Beck, pastor belga Malinois, 5 anos

Milka, labrador, 6 anos

Imóveis interditados

Quatro casas foram atingidas pelo prédio que desabou na manhã desta terça-feira , no bairro São Mateus, zona leste de São Paulo, e pelo menos 15 pessoas ficaram desalojadas. Além das residências, os destroços também atingiram dois estabelecimentos comerciais e oito veículos, segundo o coordenador executivo da Defesa Civil da cidade de São Paulo, coronel José Koki Kato.

A prefeitura deve verificar se os moradores desalojados podem se abrigar em casas de parentes ou se precisarão de ajuda do poder público. "A Secretaria Municipal de Assistência Social, que já se encontra aqui, vai atender essas pessoas", disse o coronel Kato.

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Obra irregular

A prefeitura de São Paulo divulgou uma nota nesta terça-feira afirmando que a obra que desabou na avenida Mateo Bei estava em situação irregular. De acordo com o comunicado, foi emitido no dia 13 de março um auto de intimação por parte da Subprefeitura de São Mateus por falta de documentação no local da obra. O responsável pela construção teve que pagar, na ocasião, R$ 1.159.

Bombeiros estão em contato com vítima soterrada em desabamento:

No dia 25 do mesmo mês, a subprefeitura emitiu outra multa, novamente pela não regularização dos documentos do local. Na segunda autuação, foi emitida uma multa de R$ 103.500 e um auto de embargo. Segundo a administração municipal, no dia 10 de abril, foi apresentado o pedido de Alvará de Aprovação de Edificação Nova na subprefeitura, em resposta às intimações. O pedido, no entanto, está em análise.

O proprietário do imóvel recorreu das multas aplicadas, porém, como não foi apresentado o Alvará de Execução, a obra continuava em situação irregular sob a ótica da prefeitura. Segundo estabelece o Código de Obras, “a obra só poderia ter sido iniciada, mesmo sem resposta da subprefeitura, caso tivessem decorridos os prazos dos dois pedidos, ou do pedido conjunto (alvará de aprovação e alvará de execução)”.

Antes e depois do local do desabamento:

Foto: Wesley Rodrigo/Futura Press

 
Fonte: Terra
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