O Corpo de Bombeiros vê indícios de intenção criminosa no incêndio que atingiu a comunidade do Morro do Piolho na noite de domingo. Segundo a Defesa Civil, cerca de 600 famílias ficaram desabrigadas. O capitão dos Bombeiros Marcos Pallumbo disse que a rápida propagação do fogo é um dos fatos que corroboram com a tese de ação intencional.
De acordo com Pallumbo, a corporação chegou ao local menos de cinco minutos após o chamado e o incêndio já tinha uma proporção considerável. Além disso, Pallumbo relata que os bombeiros foram atacados ao chegarem ao local.
“Com essas agressões às equipes, a gente não conseguiu fazer um primeiro combate, porque nós tivemos que deixar as mangueiras lá posicionadas nos corredores da favela. Foram disparados tiros contra as guarnições do Corpo de Bombeiros. Isso não é um comportamento normal das pessoas que moram nessas comunidades”, ressaltou.
O capitão negou ainda que o combate as chamas tenha sofrido contratempos relacionados a problemas nos hidrantes do local. “Nada atrapalhou a ação do Corpo de Bombeiros. Ele [hidrante] não faria nenhum efeito, porque eu não uso a água do hidrante para apagar diretamente o fogo. Eu encho pelo hidrante a minha reserva de incêndio, para que eu coloque a autobomba para funcionar e mande a água com pressão”, explicou.
Um incêndio de grandes proporções atingiu a comunidade do Buraco Quente, na zona sul de São Paulo
Foto: Vinícius Gonçalves / Futura Press
Pelo menos 37 viaturas dos bombeiros participam das operações
Foto: Vinícius Gonçalves / Futura Press
A comunidade fica próximo da avenida Roberto Marinho
Foto: Renato Couto / Futura Press
Pelo menos 600 pessoas foram afetadas pelo fogo
Foto: Renato Couto / Futura Press
A comunidade do Buraco Quente já foi atingida por outros incêndios no passado
Foto: Vinícius Gonçalves / Futura Press
Cinco pessoas sofreram ferimentos leves, duas foram levadas ao hospital e três foram liberadas
Foto: Cristina Novinsky / Futura Press
Segundo a Defesa Civil, 320 famílias se registraram no cadastro de desabrigados
Foto: Alexandre Serpa / Futura Press
As causas do incêndio ainda serão investigadas, mas testemunhas apontam que pode ter sido iniciado com um curto circuito
Foto: Alexandre Serpa / Futura Press
Incêndio atinge a comunidade do Buraco Quente, na zona sul de São Paulo
Foto: Denys Nicolau Argyriou / vc repórter
A grande quantidade de fumaça se espalhou por toda a região
Foto: Denys Nicolau Argyriou / vc repórter
A comunidade fica localizada na Avenida Jornalista Roberto Marinho
Foto: Denys Nicolau Argyriou / vc repórter
A comunidade foi vítima de incêndios nos últimos anos
Foto: Denys Nicolau Argyriou / vc repórter
Bombeiros tentam controlar o fogo
Foto: Denys Flores / vc repórter
Bombeiros tentam controlar o fogo
Foto: Denys Flores / vc repórter
O incêndio desabrigou famílias que moravam na comunidade
Foto: Denys Flores / vc repórter
Pelo menos 600 famílias foram afetadas pelo incêndio
Foto: Denys Flores / vc repórter
As chamas atraíram a atenção de curiosos
Foto: Juliana Varroni / vc repórter
Incêndio atingiu a comunidade do Buraco Quente
Foto: Gleisson de Oliveira Araújo / vc repórter
A avenida Jornalista Roberto Marinho foi interditada devido ao incêndio
Foto: Leonardo Cardoso / vc repórter
O fogo destruiu diversas casas e desabrigou famílias
Foto: Vinícius Moreira Valentim / vc repórter
Pelo menos 37 viaturas participaram do combate às chamas
Foto: Vinícius Moreira Valentim / vc repórter
Fogo toma comunidade no Campo Belo
Foto: Vinícius Moreira Valentim / vc repórter
Incêndio deixou 600 famílias sem casa na zona sul de São Paulo
Foto: Thiago Tufano / Terra
Moradores tentam salvar móveis após incêndio no Campo Belo
Foto: Thiago Tufano / Terra
Metais retorcidos e madeira queimada ficam mais visíveis após incêndio
Foto: Thiago Tufano / Terra
cerca de 80% da comunidade foi destruída pelas chamas
Foto: Thiago Tufano / Terra
Pela manhã, fumaça e cheiro de queimado ainda era bastante forte
Foto: Thiago Tufano / Terra
Josimar Alencar já sobreviveu a três incêndios na Favela do Buraco Quente
Foto: Thiago Tufano / Terra
Moradores salvam móveis e deixam na calçada
Foto: Thiago Tufano / Terra
Incêndio pode ter sido causado por curto-circuito
Foto: Thiago Tufano / Terra
Pela manhã bombeiros ainda trabalhavam em pequenos focos de incêndio
Foto: Thiago Tufano / Terra
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A informação sobre os problemas nos hidrantes havia sido dada por outro capitão dos Bombeiros, Mauro Antônio Brancalhão. “Os hidrantes públicos em torno do incêndio, em um primeiro momento, estavam sem água. Fizemos o contato com a Sabesp [Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo], que fez uma manobra da rede hídrica do local, aí começamos a abastecer nossas viaturas com esses hidrantes públicos”, relatou ontem.
Em nota distribuída no início da noite de ontem, a prefeitura atribuiu a responsabilidade da manutenção de hidrantes da cidade à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). “A Prefeitura de São Paulo esclarece que a manutenção de hidrantes na cidade é uma responsabilidade da Sabesp, de acordo com as normas técnicas do Corpo de Bombeiros. O assunto é tratado no Inquérito Civil 217/2013 do Ministério Público Estadual, que já oficiou a Presidência da Sabesp a apresentar um cronograma de manutenção. De acordo com o Corpo de Bombeiros, apenas 10% dos hidrantes da cidade estão em pleno funcionamento”