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SP: Campinas vai multar quem desperdiçar água tratada

4 fev 2014 - 11h33
(atualizado às 11h34)
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A Prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, vai  começar a multar moradores que desperdiçarem água na cidade. Pelo baixo nível nos reservatórios, a administração municipal publicou na edição desta terça do Diário Oficial do Município uma alteração no decreto lei 14.802, de julho de 2004, antecipando para fevereiro o período de restrição do consumo de água tratada. Usualmente, o período restrito vai de julho a agosto.

Conforme a legislação, fica proibida a lavagem de calçamento e passeios públicos residenciais e comerciais. O morador que for flagrado vai receber uma advertência e a sua reincidência vai gerar uma multa referente a três vezes o valor da última conta de consumo de água.

Ao assinar o decreto lei, o prefeito Jonas Donizete (PSB) justificou que a medida quer evitar um possível racionamento no abastecimento de água por causa do aumento da demanda no consumo devido ao calor. "Este é um momento preocupante para o abastecimento a cidade", falou. A fiscalização para conter o gasto excessivo de água será da própria população, por meio do telefone 0800.77.21.195. A aplicação da advertência e multa competirá aos técnicos da Sociedade de Abastecimento de água e Saneamento S/A (Sanasa) após constatação da veracidade da ocorrência.

A iniciativa em fazer valer a fiscalização contra o desperdício é por causa da falta de chuva e consequente baixo índice de água no rio Atibaia, que é responsável pelo abastecimento de 95% da cidade. Com a ausência de precipitações, forte calor e aumento de consumo de água, a Sanasa vem ampliando o trabalho no ponto de capitação de água bruta na bacia do rio Atibaia, apesar do baixo índice de vazão. Para a regulação dos estoques para a distribuição ao consumidor, a cidade retira 4 m³/s.     

Estiagem e calor

O Sistema Cantareira, que regula a vazão dos principais rios da região de Campinas, registrou em janeiro deste ano 87,8 mm de nível pluviométrico, quando a média de janeiro do ano passado foi de 259,9 mm.  

O mês de janeiro foi o mais quente dos últimos 26 anos, segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura, da Universidade Estadual de Campinas (Cepagri/Unicamp).  Desde 1988, o órgão não tinha verificado uma estiagem tão grande no começo do ano como agora. A média da umidade relativa do ar também tem ficado a patamares prejudiciais com risco à saúde, com menos de 30%.

Segundo a Cepagri, a ausência de chuvas em abundância pode perdurar até meados de fevereiro. 

Fonte: Especial para Terra
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