SP: Corregedoria rebate declarações de servidor investigado por cartel
A Corregedoria Geral da Administração (CGA) paulista afirmou que questionou o servidor Osvaldo Spuri, atualmente lotado na Prefeitura de São Paulo, sobre sua suposta participação no cartel que atuava no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), durante o governo de Mário Covas (PSDB), em 1998, contrariando assim a declaração do agente público de que jamais tivesse sido questionado pelo órgão.
De acordo com matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo nessa quinta-feira, o engenheiro Osvaldo Spuri, que ocupa a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras da prefeitura da capital, é um dos suspeitos de ter desaparecido com parte dos documentos de uma licitação da CPTM em que houve atuação do cartel, segundo a Siemens, que denunciou o conluio.
Segundo a CGA, durante a apuração dos fatos, Spuri confirmou ser o presidente das comissões de licitação para o fornecimento de sistemas para a linha 5 da CPTM em 1998, mas disse que os preços de referência não seriam de sua competência.
O engenheiro também não apresentou os documentos que seriam de sua responsabilidade, e sim das áreas técnicas, e cujo paradeiro é desconhecido. De acordo com a reportagem da Folha, sumiram os papéis sobre como são formados os preços e, sem esses documentos, não dá para saber como a CPTM chegou ao preço final.
No entanto, a CPTM confirma que seria dele a atribuição, conforme comunicado do dia 6 de fevereiro de 2014: "podemos informar galgados nos elementos constantes dos procedimentos administrativos que o sr. Osvaldo Spuri, além de presidir as Comissões de Licitações, era Coordenador Técnico dos Projetos, de sorte a congregar todas as informações, inclusive a formação de orçamento, consoante os documentos abaixo arrolados indicados (...)".