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SP: Corregedoria vai pedir a Alckmin afastamento de funcionários do Metrô

Medida se refere à investigação que aponta superfaturamento de R$ 875 mi em reforma de trens; contratos foram suspensos a pedido do MP

5 fev 2014 - 16h46
(atualizado às 18h35)
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A Corregedoria Geral da Administração do governo de São Paulo encaminhará nos próximos dias ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), uma lista com pedido de afastamento de funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô-SP) envolvidos nas licitações de reforma dos trens suspeitas de superfaturamento.

No documento que apontará nomes de gestores, a Corregedoria também vai propor outras medidas administrativas a serem adotadas em relação a esses funcionários, conforme a responsabilidade de cada um. A lista deve ser entregue também ao Ministério Público Estadual (MP-SP), que investiga, pela Promotoria do Patrimônio Público e Social, os contratos.

Nesta quarta-feira, em evento no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Alckmin afirmou que teve “uma reunião muito boa” com a Corregedoria sobre o assunto. “Não recebi nada ainda, mas, quando a Corregedoria concluir e nos remeter, vamos procurar adotar todas as medidas”, disse o governador, que prometeu "transparência" sobre o tema.

Na última segunda-feira, o MP foi oficialmente informado pelo Metrô da suspensão de quatro de dez contratos com suspeita de superfaturamento - os seis restantes foram executados -, conforme pedido feito em dezembro pelo promotor Marcelo Camargo Milani.

De acordo com o promotor, a falta de concorrência na prestação dos serviços de reforma de trens das linhas 1-Azul e 3-Vermelha os deixou mais caros em R$ 875 milhões. Também esta semana, o promotor convocará as empresas responsáveis pelos contratos para que compareçam a audiência e prestem esclarecimentos. Ainda em relação a elas, o MP determinou que entreguem dez trens que estão nos pátios, reformados, mas ainda não foram repassados ao Metrô.

As investigações que apontaram superfaturamento duraram um ano e meio e se referem a quatro contratos iniciais firmados entre 2008 e 2010, durante a gestão do então governador José Serra (PSDB), para a reforma de 98 trens das linhas 1 e 3. Os quatro, entretanto, foram fracionados em mais seis, totalizando dez contratos.

Fonte: Terra
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