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SP: CPTM pagou 34% a mais por contrato suspeito de cartel

12 jan 2014 - 10h43
(atualizado às 10h46)
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Três contratos de manutenção assinados em 2007 pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) apresentam indícios de cartelização e custaram R$ 300 milhões a mais do que mesmos serviços contratados em 2012, de acordo com levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo.

De acordo com a publicação, os indícios de cartel nos contratos de 2007 levaram o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a incluir as negociações em sua investigação.

A licitação de 2007 não foi mencionada pela empresa alemã Siemens - que delatou a existência de conluio entre empresas de 1998 a 2008, do qual ela mesma diz ter participado - ao Cade. 

Segundo o jornal, os contratos sob suspeita apresentam baixo desconto oferecido pelas empresas em relação ao preço de referência. A maior diferença aparece em contratos de trens da série 2100, já que, de acordo com a publicação, a CPTM pagou R$ 490 milhões em 2007 e R$ 290 milhões em 2012. 

Na licitação de 2007 para os trens da série 3000, que apresentam indícios de conluio, o maior desconto foi de 2,9%. Em 2012, o desconto chegou a 34%, segundo a publicação. 

Na comparação entre as somas dos contratos de 2007 e 2012, a queda de preços foi de 31%. Em 2007, durante o governo de José Serra (PSDB), a CPTM gastou R$ 967 milhões pela manutenção de três modelos de trens por cinco anos. Em 2012, no governo do também tucano Geraldo Alckmin, os mesmos serviços foram contratados por R$ 667 milhões quando se estima o valor para cinco anos.

As empresas participantes das licitações de 2007 da CPTM afirmaram ao jornal que as propostas correspondem a preços de mercado e negaram acerto prévio. A CPTM afirmou que só as empresas podem comentar as licitações. 

Fonte: Terra
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