17 de janeiro - Após retirada dos dependentes químicos, o largo Coração de Jesus, na Cracolândia de São Paulo, será reformado pela prefeitura e terá uma base fixa da Polícia Militar
Foto: Thiago Tufano / Terra
17 de janeiro - O local, na esquina entre as alamedas Glete e Dino Bueno, terá uma base fixa da Polícia Militar
Foto: Thiago Tufano / Terra
17 de janeiro - O processo de revitalização começou nesta sexta-feira, com a retirada dos dependentes químicos, que ocuparam a praça morando no local
Foto: Thiago Tufano / Terra
17 de janeiro - Com a derrubada dos barracos construídos pelos próprios usuários de crack na Dino Bueno, essas pessoas voltaram a se espalhar pela região
Foto: Thiago Tufano / Terra
16 de janeiro - Usuários de crack participam da Operação Braços Abertos na região da Cracolândia, em São Paulo. Uniformizados com roupas entregues pela administração municipal, os dependentes químicos farão o trabalho de zeladoria da região, principalmente na limpeza de ruas, calçadas e praças
Foto: Thiago Tufano / Terra
16 de janeiro - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, conversou com diversos viciados antes do início dos trabalhos
Foto: Thiago Tufano / Terra
16 de janeiro - Os usuários receberam equipamentos da prefeitura para realizarem o trabalho
Foto: Thiago Tufano / Terra
16 de janeiro - Usuário fazem fila antes de começarem o trabalho de limpeza da Cracolândia
Foto: Thiago Tufano / Terra
16 de janeiro - Haddad conversa com os usuários antes do início da operação
Foto: Thiago Tufano / Terra
15 de janeiro - Moradores da Cracolândia foram removidos pela prefeitura durante a ação Braços Abertos
Foto: Thiago Tufano / Terra
15 de janeiro - Agentes comunitários participam da ação nesta quarta
Foto: Thiago Tufano / Terra
15 de janeiro - As ruas da região foram tomadas por barracos nos últimos meses
Foto: Thiago Tufano / Terra
15 de janeiro - Morador levando uma televisão para seu novo "lar"
Foto: Thiago Tufano / Terra
15 de janeiro - Moradores da Cracolândia foram removidos pela prefeitura durante a ação Braços Abertos
Foto: Thiago Tufano / Terra
15 de janeiro - Varredores limparam a rua, dominada pelos usuários de crack
Foto: Thiago Tufano / Terra
15 de janeiro - Moradores da Cracolândia foram removidos pela prefeitura durante a ação Braços Abertos
Foto: Thiago Tufano / Terra
15 de janeiro - Moradores da Cracolândia foram removidos pela prefeitura durante a ação Braços Abertos
Foto: Thiago Tufano / Terra
15 de janeiro - Moradores da Cracolândia foram removidos pela prefeitura durante a ação Braços Abertos
Foto: Thiago Tufano / Terra
15 de janeiro - Moradores da Cracolândia foram removidos pela prefeitura durante a ação Braços Abertos
Foto: Thiago Tufano / Terra
14 de janeiro - Funcionários da prefeitura, agentes sociais e policiais militares realizam operação para remoção de barracos montados na Rua Helvétia, conhecida como região da Cracolândia, no centro de São Paulo
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press
14 de janeiro - Funcionários da prefeitura, agentes sociais e policiais militares realizam operação para remoção de barracos montados na Rua Helvétia, conhecida como região da Cracolândia, no centro de São Paulo
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press
14 de janeiro - Funcionários da prefeitura, agentes sociais e policiais militares realizam operação para remoção de barracos montados na Rua Helvétia, conhecida como região da Cracolândia, no centro de São Paulo
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press
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Dezenas de usuários de crack começaram, na manhã desta quinta-feira, a trabalhar na região da Cracolândia por meio do programa Operação Braços Abertos, da prefeitura de São Paulo. Uniformizados com roupas entregues pela administração municipal, os dependentes químicos farão o trabalho de zeladoria da região, principalmente na limpeza de ruas, calçadas e praças e se mostraram empolgados com a nova chance de vida.
Desde a última terça-feira, as secretarias de Saúde, Trabalho, Assistência Social e Segurança Urbana estão ajudando os usuários a desmontar os barracos construídos nas ruas Helvétia e Dino Bueno e encaminhando as pessoas a hotéis da região. Esses dependentes receberão alimentação, trabalho e R$ 15 por dia.
A todo momento os trabalhadores gritavam: "estou famoso", e posavam para as câmeras das dezenas de jornalistas presentes nesta quinta-feira.
Rogério Araújo Nascimento, 33 anos, foi um dos primeiros a vestir o uniforme e se colocar à disposição dos assistentes sociais, que acompanharam os grupos de cerca de dez dependentes durante a jornada de trabalho. Ele disse que a primeira coisa que deve fazer quando receber seu “salário” será comprar roupas.
“Algumas (pessoas) vão querer comprar crack, mas para mim não faz diferença. Seria melhor se ficasse guardado e eu recebesse depois. Antes eu não guardava. Mas aqui vou trabalhar, vou cansar comer e dormir. Vou guardar para comprar roupa e cuidar de mim, ter uma vida melhor”, disse Rogério.
De acordo com o prefeito Fernando Haddad, a oportunidade está sendo dada às pessoas que vivem na região.
“Eles têm que retomar a confiança que havia sido perdida em função da enorme violência da região. Em dois dias conseguimos mudar a cara da região e integrá-los em uma frente de trabalho com tratamento médico que é o que pode construir um novo horizonte para esse pessoal”, disse Haddad, que falou com diversos viciados antes de começarem a trabalhar.
Quando questionado se havia preocupação de “espalhar” a Cracolândia por outras regiões da cidade, como aconteceu em uma operação há dois anos, Haddad afirmou que isso não deve acontecer pois essas pessoas não estão sendo expulsas.
“Estamos integrando elas a um programa de trabalho e saúde. A parte assistencial foi muito bem conduzida e agora entra a parte de saúde e trabalho. O trabalho é para que tenham uma condição de dignidade, para comprar um sapato, uma meia, pasta de dente, coisa mínima. Os centros de apoio darão oportunidade de tratamento de saúde e boa parte vai conseguir deixar a droga“, disse.
Para o prefeito, o trabalho irá demorar para ser solucionado, mas necessitava de uma ação da administração municipal. Haddad disse ainda que conversou com o governador Geraldo Alckmin e que governo do Estado está apoiando a operação.
“Isso não se faz da noite pro dia porque são muitos anos de drogadição, mas eles terão força de vontade pra sair. Aqueles que pedirem um tratamento mais forte, o governo do estado colocou leitos à disposição. Foi conversado longamente com o próprio governador que por horas explicamos qual era a estratégia da prefeitura e tivemos o apoio. Não podemos em três dias resolver um problema de dez anos. Temos que ter paciência porque não podemos fazer isso com violência”, explicou.