Nos primeiros 15 dias da campanha "Tô sem água", o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) recebeu 178 relatos de torneiras vazias na Grande São Paulo, uma média diária de 11,8 reclamações. De acordo com a entidade, apesar de a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) negar o desabastecimento, isso já vem sendo observado em algumas regiões. A campanha vai até o dia 31 e os relatos podem ser feitos no site do instituto.
Para tentar conter crise da água em São Paulo, Sabesp inicia retirada da água do chamado volume morto
Foto: Alan Morici / Terra
Os equipamentos de bombeamento foram instalados na represa Jaguari/Jacareí
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Como as águas estão abaixo do ponto de captação, serão bombeadas para a estação de tratamento Guaraú
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Segundo o governo, a água retirada do volume morto atenderá a demanda da região metropolitana
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O Sistema Cantareira é formado por diversos reservatórios na região de Joanópolis, na grande São Paulo
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O volume do sistema caiu de 27,7% em janeiro para menos de 10% em maio
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Máquinas trabalham nas obras que implantaram as bombas de drenagem
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O governo de São Paulo chama o volume morto de "reserva técnica"
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O sistema vem atingindo, repetidamente, os piores índices de sua história
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Ponte sobre o rio Jacareí, um dos que fazem parte do Sistema Cantareira
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Funcionário da Sabesp na área do reservatório que receberá as águas do volume morto
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Área do Rio Jacareí, um dos que abastecem o Sistema Cantareira
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Para tentar conter crise da água em São Paulo, Sabesp inicia retirada da água do chamado volume morto
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Para evitar um colapso no abastecimento de água para cerca de 9 milhões de pessoas, a Sabesp propôs a cobrança de multa de 30% aos consumidores que excederem o gasto médio de água
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Além disso, o governo paulista lançou um bônus dado aos clientes que conseguem reduzir o consumo em 30%. Essa ação permitiu uma queda de 76% no consumo em março, e 81% em abril.
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Balanço parcial mostra que a falta d'água ocorre todos os dias, pelo menos uma vez, em 76% dos casos. Para 14% das pessoas que fizeram o relato, o racionamento é feito mais de uma vez por semana. Entre os demais consumidores, 4% indicaram que isso ocorre mais de uma vez por dia, 2% relataram a frequência de uma vez por mês e 1% mais de uma vez por mês.
Sobre o turno mais comum para a falta d'água, a noite foi apontada por 74% dos consumidores pesquisados. Em seguida está o turno da manhã, com 16%. Para 13% das pessoas, o racionamento ocorre durante o dia e a noite e para 4%, ele ocorre somente à tarde. Em relação à região mais frequente, a zona oeste aparece na liderança, com 30%, seguida pela norte (26%), sul (17%), leste (18%) e cidades da Grande São Paulo (8%).
Com os relatos em mãos, o Idec pretende cobrar mais transparência do governo estadual e exigir providências da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo. “Se o racionamento está mesmo ocorrendo, ele precisa ser feito de maneira responsável, igualitária e transparente para toda a população”, destaca nota da entidade.