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SP: imigrantes protestam por direitos e fim da violência

Marcha reuniu aproximadamente 300 pessoas, de acordo com a Polícia Militar

7 dez 2014 - 19h26
(atualizado às 21h35)
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Uma manifestação de imigrantes ocupou ruas da cidade de São Paulo neste domingo, com objetivo de exigir reconhecimento de direitos
Uma manifestação de imigrantes ocupou ruas da cidade de São Paulo neste domingo, com objetivo de exigir reconhecimento de direitos
Foto: Museu da Imigração do Estado de São Paulo/Twitter / Reprodução

Uma manifestação de imigrantes ocupou ruas da cidade de São Paulo neste domingo, com objetivo de exigir reconhecimento de direitos e, principalmente, cobrar o fim da violência dirigida a estrangeiros.

A 8ª Marcha dos Imigrantes, que celebra o Dia do Imigrante, comemorado em 18 de dezembro, reuniu aproximadamente 300 pessoas, de acordo com a Polícia Militar. A maioria dos participantes eram de países sul-americanos ou africanos.

Além de faixas cobrando o fim da violência e a revogação do Estatuto do Imigrante, criado em 1980, os participantes exibiram bandeiras, cartazes, mas também levaram até a Praça da Sé, ponto final do ato, músicas típicas, para chamar a atenção de quem passava pelo local.

"Embora o Brasil, aparentemente, seja um país hospitaleiro, talvez por ser muito grande e com muitos problemas é um dos que possuem a menor chance de o imigrante ser cidadão e se integrar", lamentou Oriana Jara, presidente da ONG Presença América Latina.

Já Andrea Caravantes, que integra um grupo de defesa dos direitos das mulheres imigrantes, no país existe uma discriminação seletiva. Entre os problemas estão a impossibilidade de atendimento no sistema público de saúde, por causa de barreiras burocráticas.

"Muitas vezes é negado o atendimento na hora do parto", detalhou a militante.

Coordenadora do Centro de Acolhida de Imigrantes da capital paulista, Carla Aguilar destacou a manifestação de hoje, por considerá-la fundamental para garantir a inserção social dos estrangeiros do país.

"Antes de acontecer a marcha, já começamos a trabalhar a questão política, a inserção de cada um no Brasil. Eles apontam a necessidade e as dificuldades de cada um, independente de país ou nacionalidade", detalhou.

EFE   
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